Clube do Pai Rico

Adeus Petrobras ! O nosso relacionamento foi bom enquanto durou …

É … nem todo relacionamento dura para sempre. E este é um que está bem próximo de seu fim … 🙁

Algo que foi muito bom enquanto durou. Desde 2009 eu foquei minhas operações em Bolsa nas ações desta empresa. Montei uma boa carteira de ações dela. Vendi (muitas e muitas vezes) suas opções. Obtive um belo lucro. Mas … nada dura para sempre.

Você que acompanha o Clube há mais tempo, se lembra que há alguns anos decidi focar toda a minha estratégia nas ações e opções da PETR4. Foram muitos anos de lançamento de suas opções (especialmente das CALL, com o uso de PUTs somente há poucos anos), que gerou um bom capital que foi usado para aumentar a posição em carteira dela.

Você que acompanha o Clube certamente se lembrará que em 2015 eu desfiz minha posição. Vendi todas as ações, perto dos R$13, em abril. De lá pra cá, a grana ficou sempre no CDB (por que no CDB Zé ?), que foi usado como garantia de minhas operações de venda, tanto de CALL, quanto de PUT, da mesma PETR4. Como falei no post, estava desistindo da empresa (pois não terias mais suas ações em minha carteira), mas não abandonando a negociação de suas ações e opções.

A volatilidade do papel só me trazia benefícios, pois isso me possibilitava realizar meus trades. Mas … nada dura para sempre.

A desabada final

Desde o final de 2015, temos visto o papel enfrentar uma queda “sem fim”. Saímos dos R$7,00 para vermos um novo patamar em nossas telas: R$4 …

A situação da empresa é cada vez mais complicada … A tempestade perfeita que a atingiu fica cada vez mais forte. A cada dia que passa, a cada notícia que é divulgada, a coisa parece mais complicada para uma (possível ? improvável ?) recuperação da empresa. Mas não é exatamente isso que vem me fazendo pensar sobre a manutenção, ou não, de nosso relacionamento.

O que vem me fazendo refletir é aquele número ali de cima … os R$4. Por quê ?

Com o papel a R$4, as opções dela valem cada vez menos. Tanto as CALL quanto as PUT … Com o papel a R$4, somente as opções ATM (muito próximas da cotação do momento) apresentam algum valor. Somente as opções ATM (e as muito próximas dela) apresentam a tradicional liquidez de outrora.

Se a minha estratégia atual se baseia no lançamento de opções “levementeOTM, visando obter uma vantagem por causa de sua distância, como posso manter o foco em uma ação que não apresenta opções OTM com um valor que apresente um risco VS retorno que me agrade ?

Como manter meu foco nas ações da Petrobras, se para obter o valor que considero “justo” pela venda das opções, eu preciso:

1) Trazer a venda para opções muito próximas da cotação atual, aumentando desta forma o risco envolvido nesta venda. Ao trazer para perto do dinheiro, meu “espaço de manobra” (um espaço entre a cotação atual e o strike da minha venda, que permite que o papel suba e eu permaneça ganhando) diminui drasticamente. Isso aumenta consideravelmente o risco da operação e a quantidade de vezes que aciono meu STOP.

2) Aumentar, consideravelmente a quantidade de opções negociadas em cada operação. Isso pode aumentar o valor obtido na operação, quando vencedora. Porém amplifica a perda, na mesma proporção, em caso de necessidade de acionamento do STOP.

Só desvantagens …

Sim, neste momento, manter minha estratégia focada – única e exclusivamente – nas opções de PETR4, me traz somente desvantagens. Manter minha estratégia focada na Petrobras, só aumenta o meu risco … só me atrapalha na manutenção dos resultados que venho obtendo nestes muitos anos da estratégia.

Sim, você leu direito: estou prestes a abandonar a Petrobras e me preparando para migrar para um novo afair. O alvo ainda não foi definido. Pode ser que vá para a Vale. Pode ser que vá para o Itaú. Pode ser que vá para a BM&FBOVESPA. (talvez Bradesco … talvez Ambev …)

Nada está decidido. Preciso escolher uma ação que me proporcione uma liquidez decente em suas opções, que apresente uma boa volatilidade, que não custe R$4. 😉

Mas nada está decidido, mesmo. Pode até ser que eu permaneça com a Petro. Basta que suas cotações apresentem alguma reação, que abandonem a casa dos R$4. Que volte a ser negociada mais perto dos R$7, R$8. Nesta faixa eu consigo manter a minha estratégia intacta, afinal o resultado obtido no segundo semestre do ano passado me mostrou isso. Mas perto dos R$4 é impossível de permanecer nela …

A ideia permanecerá sendo ter um alvo único. Essa dedicação me permite obter um retorno que me agrada. Não vejo motivos para mudar esse ponto da estratégia. Mas em uma ação que vale R$4 … isso é praticamente impossível.

É uma pena … foi tudo tão bom enquanto durou … 🙁

lenços de papel