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Quem nunca brincou de LEGO que atire a primeira peça ! 😀

Sim, o livro que irei comentar hoje aborda um dos brinquedos mais populares do mundo: o LEGO. Quem não conhece ? Quem nunca passou horas e mais horas sentado no chão, com incontáveis peças espalhadas, montando tudo aquilo que sua mente conseguisse imaginar ? 🙂

Quando criança, era um verdadeiro viciado. Montei tudo que as minhas peças permitiam, espaço, castelos, robôs, carros, até uma arma funcional (que atirava peças de LEGO) eu fiz. Imagine se eu tivesse tido a sorte de pegar a geração atual do brinquedo, onde existem peças eletrônicas e “mecânicas” (me refiro a peças que dão ainda mais mobilidade na criação de objetos com movimento) ?

Não é a toa que a empresa é o que é … Mas, sabia que a atual geração correu o risco de “não conhecer” estes bloquinhos ? Sim, e é focado nesta parte da história da empresa que o livro foi feito. Claro, detalhes da fundação em 1932, o crescimento da empresa, o que motivou seus fundadores, também constam do livro. Porém é a fase “tenebrosa”, do final da década de 90/começo dos anos 2000, que ganha destaque em “Peça por peça” (2013, Elsevier).

Quiseram abraçar o mundo

Um dos motivos para que a empresa chegasse perto do colapso foi uma tentativa de atingirem as crianças que não costumavam brincar de LEGO. Lembre que estamos falando do momento em que a internet se torna popular, que todos passam seus dias diante da tela do computador … É natural que um grupo demonstre interesse por outras coisas, que seus gostos pessoais, e preferências na hora de brincar, não seja igual ao das outras crianças. Mas não era isso que a empresa enxergava. Viam a necessidade de atingir aquelas crianças, enxergavam a oportunidade de aumentar seu universo de consumidores, tinham uma chance de aumentar ainda mais o domínio do LEGO nas brincadeiras infantis.

E isso foi motivo para vermos a empresa atirando para todos os lados. Surgiram novas linhas de brinquedo, algumas que chegavam a fugir do padrão LEGO. Surgiram desenhos animados para alavancar a venda dos brinquedos. Surgiram linhas mais técnicas. Surgiram linhas especialmente criadas para o público feminino infantil. Algumas deram certo … outras quase quebraram a empresa.

Mas como estamos falando de uma empresa que ainda está no mercado, firme e forte, você já deve imaginar o desfecho desta história, não ? 😉

O que deu certo ?

É nessa parte que a pensar em muitas das “teorias de administração eficiente”, pois aquilo que deu certo, surgiu – basicamente – do mesmo processo que trouxe as linhas que deram errado. Ok … mudou o foco na hora de criar um novo produto, uma nova linha (passaram a enxergar o $$$ e não só a chance de ampliar o mercado), mas o procedimento que levava à criação propriamente dita era “o mesmo”.

Sabe aquela coisa do “Fizemos tudo do mesmo jeito, uns deram certo, outros deram errado. Mas os que deram certo foi porque somos os caras, já o que deu errado …” ? Foi um pouco a impressão que fiquei. De novo: o que botou a empresa nos trilhos foi a mudança de foco administrativo da empresa (em termos de $$$) e não por terem mudado a forma que fazem os brinquedos.

A leitura do livro é indicada para:

– quem é fã de LEGO !;
– para quem gosta de cases de administração que mostrem o certo e o errado;
– para quem gosta de ver exemplos de empresas que se reinventam.

Sim, é um ótimo livro ! 😀

Peça por peça

Nota do Site:
4 Moedas

Peça por peça
David C. Robertson

Editora: Elsevier
Ano: 2013
Edição: 1
Número de páginas: 320
Acabamento: Brochura
Formato: Médio