Clube do Pai Rico

Muito além do merchan !

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Uma coisa todos concordam: as mudanças que temos visto acontecer nos meios de comunicação, de uma forma geral, nos últimos tempos são impressionantes. Velocidade, diversidade, qualidade, disponibilidade. Todos tem plena capacidade para se tornar um comunicador nos dias de hoje. Você escolhe a mídia: escrita (blog), falada (podcast) ou em vídeo (youtube). Você cria e um enorme exército de espectadores consome.

Nunca antes na história deste país da humanidade tivemos acesso a tanta informação de maneira tão fácil e prática. Para você ter uma ideia, a cada minuto, 300 horas de conteúdo em vídeo é enviado para o youtube. 😯

É de impressionar, ou não ? 🙂

Para as gerações mais antigas, a mudança ainda não é tão forte. Seus pais ainda não consomem as informações destas novas mídias da mesma forma que você ou seus filhos. Eles ainda dão preferência pelo “bom e velho jornal/revista de papel”, dão boa noite pro Bonner e costumam ir ao cinema ver um ou outro lançamento.

Você (e seus filhos em especial) provavelmente até façam isso também, mas sempre integrando estas mídias com as novas. Tudo ao mesmo tempo, prestando atenção a tudo e a todos. Vê o jornal na TV com um olho na tela do celular enquanto acompanha o twitter e as notícias pulando em tempo real, e o outro vendo as notícias que viu pela manhã passando na televisão … É quase que uma batalha injusta. #SQN

O vencedor é você que tem amplo acesso a tudo isso e cada vez quer mais e mais.

Muitos até chamam a atenção para este fenômeno, onde sofremos uma inundação de informação. É tanta coisa que acabamos nos sentindo exauridos pelo volume, pela enxurrada de dados a que somos expostos diariamente. Saber filtrar é importante e sadio. Mas difícil …

É fantástico !

Não há como negar que isso é fenomenal ! O poder que isso tem, e as consequências disso para o futuro são um mistério. Acredito que um mistério bom, pois abre espaço para coisas que nunca pudemos imaginar. 😀

Mas … tudo isso tem um custo.

Até então, como eram financiados os produtores de conteúdo ? Afinal de contas muito conteúdo de qualidade é produzido de forma gratuita … Mas depois de um ponto a coisa se torna tão grande que passa a ser impossível não profissionalizar o negócio. Falo isso tanto para as mídias “antigas” quanto para as atuais. Com a experiência de um produtor de conteúdo que está nesse meio há quase 20 anos. 😉

A forma tradicional de financiamento era através da boa e velha propaganda. Cada uma se encaixando da melhor forma possível em sua respectiva mídia, apresentando um produto ou serviço ao consumidor daquele conteúdo. E durante muito tempo isso foi bom.

A propaganda era consumida, o recado era passado e todos ficavam satisfeitos. Mas o tempo foi passando … as intromissões foram sendo cada vez mais sentidas pelos espectadores … cada vez mais … até o momento em que passaram a ser filtradas. A hora da propaganda é o momento em que você faz qualquer outra coisa, menos prestar atenção no rádio/TV. E isso foi fazendo com que a forma com que ela era apresentada fosse perdendo a força.

Como fazer então ?

Se era a forma invasiva, que interrompia o fluxo de informações que tornava o recado publicitário imperceptível ao consumidor do conteúdo, o que fazer para que o recado fosse transmitido e recebido pelo público ?

Que tal tornar a propaganda parte da coisa ? Inseri-la no contexto, de forma completamente natural e que não impedisse o ritmo do programa ? Que tal usar o bom e velho merchan ? 🙂

Não … não me refiro aquele tipo de propaganda onde o apresentador para de falar sobre a morte de um motociclista em plena hora do almoço para falar sobre a máquina de fazer fraldas (que interrupção maior que essa ?). Estou falando da inserção da propaganda no meio do negócio em si.

Por exemplo: o protagonista está no meio de uma caminhada na praia. Anda mais alguns metros, para num quiosque, pede uma bebida, consome a bebida, e continua a caminhar. Você viu o que ele estava bebendo, pode ter ficado com vontade de consumi-la, ou não. Mas foi apresentado ao produto “sem nem perceber”. (a não ser que seja uma novela da Globo, onde eles param e falam: “como está gostosa essa cerveja da marca xyz !”)

Estou me referindo ao Product Placement, que é a inserção do produto a ser divulgado no meio do fluxo, no contexto do que está acontecendo naquele momento. Seja ao consumir um alimento ou bebida, usar um celular, um computador, um carro, ir a uma loja, um banco …

Claro que não é tudo que se enquadra nesta forma de apresentação. Alguns produtos precisarão de um trabalho maior do que os outros para se adaptar a esta forma de publicidade. Mas … não é bem mais natural e confortável que seja assim ?

O local onde mais vemos esta forma de publicidade crescer é no cinema. São tantas as possibilidades … Você certamente já viu uma propaganda e nem percebeu que ela estava ali. Algumas vezes ela é tão contextual que você pensa que ela estar ali é somente uma coincidência. Se isso aconteceu, a ação ocorreu perfeitamente e quem desenvolveu a campanha está de parabéns. 😀

Consegue enxergar as possibilidades que isso pode proporcionar ? Você que é da área de publicidade e propaganda, já pensou em montar uma empresa especializada nisso, com foco total em oferecer ações de product placement às grandes marcas tendo como alvo os youtubers ? Nada invasivo, 100% discreto. Publicidade entregue e consumida da melhor maneira possível. 😉

As coisas evoluem, não foi sobre isso que falamos no começo do texto ? Por que não a forma com que a rentabilização e especialmente a entrega da propaganda também ?

Se você se interessou pelo assunto, se atua na área de produção de conteúdo, ou na de publicidade e propaganda, a leitura do livro “Muito além do merchan !“, de Raul Santa Helena e Antonio Jorge Alaby Pinheiro (Elsevier, 2012), é obrigatória.

A forma com que descreveram a forma com que o consumo de informação vem acontecendo hoje, na minha opinião, foi uma das melhores que já encontrei até hoje. Uma apresentação empolgante que te faz ver o que pode vir pela frente, que te faz ficar imaginando o que pode vir pela frente. 🙂

Se essa é a sua praia, leia ! 😉

 

Muito além do merchan !

Nota do Site:
5 Moedas

Muito além do merchan !
Raul Santa Helena | Antonio Jorge Alaby Pinheiro

Editora: Elsevier
Ano: 2012
Edição: 1
Número de páginas: 285
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

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