Boa noite investidor, com Álvaro Bandeira
Volatilidade em alta
Que a volatilidade seria e vai permanecer por algum tempo não é nenhuma novidade. Que a aversão ao risco voltou e com força também. Ocorre que por mais um dia os mercados voltaram a ficar poluídos, mascarando eventos importantes. O petróleo subiu forte no mercado internacional, o minério também, e isso distorceu a analise dos números.
O petróleo em alta de mais de 5% por conta da reunião da OPEP marcada para 17/04 entre membros e não membros para equilibrar produção e preços, junto com declarações de Li Keqiang (1º ministro) da China sobre conseguir manter metas de crescimento; motivaram recuperações de preços a afetaram diretamente ações como Petrobras e Vale. Além disso, o comunicado do FED e posterior coletiva de Janet Yellen foram bem suaves e proporcionaram a recuperação dos mercados acionários de lá.
Tudo isso mascarou o impacto da ida do presidente Lula para o ministério de Dilma, e o temor de mudanças bruscas na economia. Só não foi mais forte por conta do nome de Henrique Meirelles para comandar o Bacen no Lugar de Tombini. Porém a presidente Dilma acabou com isso em declaração que Tombini e Nelson Barbosa permaneceriam no Governo. Assim , não é de se prever bruscas guinadas na política econômica.
De qualquer forma, a volatilidade esteve presente e deve seguir assim no curto prazo, com os investidores nitidamente preferindo operar em prazos curtos, ao invés de formarem posições. Por aqui o dólar chegou a atingir cotação acima de R$ 3,84, para terminar o dia bem mais fraco, em queda de 0,49% e cotado a R$ 3,742. Situação semelhante para os juros que subiram forte e depois retrocederam, produzindo taxas de estáveis para queda nos diferentes vencimentos. Na Bovespa, na sessão de 14/03 os investidores estrangeiros voltaram a alocar recursos no montante de R$ 229,1 milhões, deixando o saldo de março em R$ 6,1 bilhões e o do ano em R$ 8,3 bilhões.
Por aqui a Fiesp anunciou que a indústria paulista cortou 12000 empregos em fevereiro e em 12 meses chega a 257000 empregos. A taxa anualizada de emprego está em -10,18%, com queda na média móvel dos últimos 53 meses. Já o Bacen divulgou que o fluxo cambial até 11/03 está negativo em US$ 191 milhões e no ano também negativo em US$ 7,6 bilhões.
No exterior foi anunciada deflação de 0,2% no CPI (preços ao consumidor) de fevereiro com núcleo em alta de 0,3%. Porém anualizada a inflação pelo núcleo está em 2,3%, a maior desde maio de 2012. Já a produção industrial de fevereiro encolheu 0,5%, depois de ter expandido 0,8% no mês anterior. As construções de novas residências de fevereiro subiram 5,2%, quando o esperado era +4,5%. No entanto novas permissões caíram 3,1%.
Já o FED em seu comunicado anunciou que manteve a taxa de juros entre 0,25% e 0,50%, com apenas uma dissidente (Esther George), mas manteve o tom prudente. Também reduziu as projeções de crescimento de 2016 e 2017, assim como a expectativa de inflação. As estimativas de mercado são de que o FED pode ainda fazer duas elevações dos juros básicos ao longo do ano de 2016. Inflação em 2,0% o FED só estima em 2018.
Na sequencia dos mercados o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 5,81%, com o barril cotado a US$ 38,45. O euro era transacionado em alta para US$ 1,1224 e os notes americanos de 10 anos com taxa de juros em queda para 1,91%. O ouro e a prata negociados em alta na Comex e commodities agrícolas com viés positivo. O minério de ferro no mercado spot chinês teve alta de 1,5%, com a tonelada em US$ 52,50.
No mercado acionário dia de comportamento misto para as principais bolsas europeias, com Londres em alta de 0,58%, Paris com -0,22% e Frankfurt com +0,50%. Madri e Milão com quedas de respectivamente 0,29% e 0,10%. No mercado americano dia de alta de 0,43% para o Dow Jones e o Nasdaq com +0,75%. Na Bovespa reversão de tendência e fechamento em alta de 1,34%, com índice em 47763 pontos e volume de R$ 7,8 bilhões. Destaque para altas de Vale e Petrobras.
Na agenda de amanhã por aqui teremos a sondagem industrial pela CNI. Nos EUA índice de atividade de Filadélfia de março, pedidos de auxílio desemprego da semana anterior e índice de indicadores antecedentes do Conference Board de fevereiro. Na zona do euro a inflação pelo CPI e a reunião do BOE (BC inglês).
Boa Noite
Alvaro Bandeira
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