Boa noite investidor, com Álvaro Bandeira
Dependência do Petróleo
(Faltando cerca de uma hora para fechamento na Bovespa)
Os mercados seguiram na sessão de hoje na dependência das cotações do petróleo no mercado internacional. A abertura em queda do início da manhã instruiu comportamento negativo para outras commodities e mercados acionários e, na ponta oposta, valorização do ouro e prata. Com o correr do dia a situação foi mudando e abriu espaço para recuperações.
Logo cedo, o Iraque anunciou que seguiria aumentando a produção de óleo e exportações, e isso junto com a postura da Arábia Saudita de não cortar produção (deseja somente congelar), induziu pressão vendedora. O aumento dos estoques nos EUA na semana anterior (+3,5 milhões de barris) também trouxe conotações negativas.
Ainda nos EUA, tivemos a informação que o PMI (atividade) de serviços de fevereiro caiu para 49,8 pontos (de previsão em 53,4 pontos), mostrando contração da atividade e no menor patamar desde o mês de outubro de 2015. As vendas de imóveis novos de janeiro também encolheram 9,2% quando o previsto era queda de 3,5%.
Na sequência dos mercados, o petróleo WTI mostrava alta de 0,78%, com o barril cotado a US$ 31,94. O euro era transacionado em queda para US$ 1,1018 e os notes americanos de 10 anos com taxa de juros em queda para 1,71%. O ouro e a prata ainda trabalhavam em alta nas negociações da Comex e commodities agrícolas com viés negativo na Bolsa de Chicago. O minério de ferro no mercado spot chinês teve queda de 0,6%, com a tonelada em US$ 50,20.
No segmento local, a primeira noticia foi o rebaixamento do Brasil pela Moody’s (para Ba2), tirando o grau de investimento e caindo dois degraus. Já era esperado, mas nem por isso a notícia deixa de ser ruim. Logo em seguida, o Tesouro anunciou que a dívida pública federal de janeiro caiu para R$ 2,75 trilhões, com queda no mês de 1,54%, e estrangeiros com participação crescendo para 18,91%.
Os títulos corrigidos pela inflação representavam 33,63% , os pré-fixados 36,08% e os corrigidos pela Selic 24,78%. A dívida que vence em 12 meses monta a 22,69% e o custo da dívida está em 16,44%.
O Bacen noticiou que o estoque de crédito em janeiro encolheu 0,6% para R$ 3,2 trilhões, mas em 12 meses mostrou alta de 6,2%, com participação no PIB de 53,7%, vindo de 54,3%.
Os juros médios no crédito livre ficaram em 49,4%. A inadimplência no crédito livre foi de 5,4% (+0,1%) e na pessoa física subiu para 6,2%, Destaque para os juros no crédito rotativo do cartão de crédito que subiu para 439,5% ao ano. O endividamento das famílias ficou em 45,6% (sem imobiliário em 26,5%) e o comprometimento da renda em 22,4% (sem imobiliário em 19,9%).
No encerramento dos DIS leve queda dos juros para todos os vencimentos e o dólar fechando com queda de 0,17%, cotado a R$ 3,9576, mas com grande volatilidade ao longo do dia.
Na Bovespa, faltando cerca de uma hora para encerramento, o Ibovespa mostrava queda de 1,55%, com perspectiva de melhorar mais um pouco acompanhando o mercado americano.
Para amanhã, teremos agenda muito extensa de eventos capazes de mudar o comportamento do mercado. O IBGE anuncia a taxa de desemprego de janeiro, o Bacen a Nota de Mercado Aberto e resultado primário do governo central. Nos EUA, os pedidos de auxílio desemprego da semana anterior, as encomendas de bens duráveis, o índice de atividade de Kansas e discursos de dirigentes do FED.
Boa Noite.
Alvaro Bandeira
Economista-Chefe Home Broker Modalmais
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