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O dia foi de intensa volatilidade nos principais mercados de risco do mundo. O petróleo abriu devolvendo toda a alta da véspera, mas já na parte da tarde voltava a apresentar renovada alta de mais de 3,0% para o WTI em NY. Isso mesmo considerando que os estoques de óleo nos EUA mostraram expansão bem acima do previsto, em 8,3 milhões de barris, contra expectativa de expansão de somente 3,3 milhões.
Como tem acontecido recentemente, petróleo em alta agrega componentes positivas e todos os mercados que passaram a recuperar perdas e transitar pelo campo positivo. Foi assim com as bolsas da Europa, o mercado americano e também na Bovespa, que tem Petrobras e Vale como líderes importantes e elevada ponderação no Ibovespa.
No cenário externo a China amplia esforços para conter saída de capitais, podendo, inclusive, endurecer regras. E nos EUA tivemos as vendas de casas novas crescendo em dezembro 10,8%, quando a previsão era de somente +2,4%. Na sequencia dos mercados o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 1,49%, com o barril cotado a US$ 31,92.
O euro era transacionado em leve alta em US$ 1,0901 e os notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 2,04%. O ouro e a prata negociados na Comex mostravam quedas e commodities na bolsa de Chicago majoritariamente em alta. O minério de ferro teve dia de recuperação subindo 1,2% no spot chinês e com a tonelada em US$ 41,30.
No segmento local o Bacen anunciou que o estoque de crédito cresceu 6,6% em 2015, mostrando queda real da ordem de 6,0%. A inadimplência média subiu para 5,3% e na pessoa física ficou em 6,1%. O crédito produzido por bancos públicos evoluiu 10,9% em 2015 para R$ 1,8 trilhão e o crédito imobiliário representou 9,7% do PIB. O volume de crédito está em 54,2% do PIB. Destaque para os juros do rotativo em cartão de crédito de 431% e cheque especial com 287%.
De outra feita citamos declarações produzidas pela agência de classificação de risco Fitch de que vai reavaliar nota do Brasil nesse ano (sem dizer quando), mas alertando que enfrentamos desafios em 2016 sem um final perceptível. Acrescentou que a piora política, revisão da meta fiscal e fuga de capitais podem levar ao rebaixamento da nota. Esperam que o ministro Barbosa trace a trajetória fiscal para o país.
O FED em seu comunicado sobre a reunião havida foi totalmente previsível ao manter os juros estabilizados entre 0,25% e 0,50%, manifestando preocupação com a perspectiva da economia e também com inflação baixa, mas não descartou possível alta dos juros na reunião de março. Afirmou que a alta será gradual e que depende dos dados coletados. Disse que vai monitorar os acontecimentos. Janet Yellen (presidente) tem encontro no Congresso em fevereiro e pode aclarar mais. O mercado acionário por lá passou a cair após divulgação do comunicado.
Por aqui os DIS terminaram o dia com queda de juros para todos os vencimentos curtos (longos em alta) e o dólar próximo ao encerramento tinha alta de 1,00% cotado a R$ 4,1031. Faltando ainda cerca de uma hora para encerramento a Bovespa tinha alta de 2,55% e índice em 38452 pontos.
Boa noite
Alvaro Bandeira
Economista-Chefe Home Broker Modalmais
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