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Notícias sobre a IPO da Visanet

FONTE: PARTICIPAÇÃO DE ESTRANGEIROS NO IPO DA VISANET SUPERA 80%

São Paulo, 29 – Uma fonte ligada ao processo de oferta inicial de ações (IPO) da Visanet (Companhia de Meios de Pagamento) afirmou que a participação de estrangeiros superou 80% do total de investidores que adquiriram ações da empresa.

Os números oficiais serão divulgados após o término de período de silêncio da Visanet, decorrente do processo de IPO, até dia 7 de agosto, a depender da estabilização das negociações no mercado.

Hoje, foi realizada pela BM&FBovespa cerimônia para o início das negociações da Visanet no Novo Mercado. Estiveram presentes o presidente da companhia, Rômulo de Mello Dias; o diretor de Relações com Investidores, Vitor José Fabiano; o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Capri e o presidente do conselho de administração do banco, Lázaro Brandão; e os vice-presidentes do Santander e do Banco do Brasil, respectivamente José Berenguer e Paulo Rogério Cafarelli. A empresa de meios de pagamento eletrônico tem como acionistas o Bradesco, o BB Investimentos, o Grupo Santander e a Visa International.

Durante a cerimônia, o diretor presidente da BM&FBovespa, Edmir Pinto ressaltou que o fato de o IPO da Visanet ser o maior já realizado no Brasil e o maior do mundo neste ano demonstra a posição de solidez que o Brasil alcançou após o período mais grave da crise. “É um começo simplesmente sensacional. A participação de estrangeiros neste IPO foi extraordinária”, disse o executivo.

 

 

VISANET ESTREIA NA BOLSA EM MEIO À POLÊMICA DE CONCENTRAÇÃO NO SETOR

São Paulo, 29 – A VisaNet estreia no pregão da Bovespa no momento em que o governo federal define quais medidas adotará para regulamentar a indústria de meios de pagamentos eletrônicos no País. A estratégia começará a ser definida amanhã, quando termina o prazo de três meses para que as empresas do setor possam dar contribuições ao estudo feito por órgãos federais, entre eles o Banco Central (BC). A dúvida é se as alterações que serão feitas terão de fato o poder de reduzir a concentração no setor, fator que mais incomoda ao governo.

Juntas, VisaNet e Redecard possuem mais de 80% do mercado de captura das operações feitas com cartão de crédito e débito no País. Essa concentração reduz o poder de barganha dos estabelecimentos comerciais na hora de negociar taxas de administração e o aluguel dos equipamentos que registram as operações, os chamados POS. Cinco empresas fazem o
credenciamento de cartões no País, além das duas já citadas, a Hipercard e a American Express fazem para suas respectivas bandeiras e a TecBan é responsável pela Rede 24 Horas.

O desejo do chefe do Departamento de Operações Bancárias (Deban) do BC, José Antonio Marciano, é que essas companhias aceitem compartilhar suas redes com outras empresas. Nesse caso, elas teriam que concorrer uma com as outras na disputa pelo credenciamento de estabelecimentos. “Esse é um aspecto que deveria ter uma abertura. A tecnologia, nessa indústria, funciona como uma barreira”, disse na ocasião em que participou de seminário do Ciab Febraban, realizado neste mês em São Paulo. Ele foi um dos responsáveis pelo estudo, junto com a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça e a Secretaria de Acompanhamento Econômica (SEAE), do Ministério da Fazenda.

Hoje, a VisaNet é credenciadora exclusiva de estabelecimentos que trabalham com as bandeiras Visa e VisaElectron. No entanto, essa exclusividade termina em junho do ano que vem. Teoricamente novas empresas poderiam fechar parcerias com a bandeira norte-americana e também credenciarem lojistas. No entanto, os investimentos em uma rede de captura inibem essa concorrência. Foi o que aconteceu no caso das bandeiras Mastercard e Maestro, que eram exclusivas da Redecard até sua abertura de capital, em 2007. De lá para cá, HSBC e Santander foram autorizados a fazer o credenciamento de estabelecimentos para essas bandeiras, mas até agora não entraram de fato nesse segmento.

Outro item que deverá constar da nova regulamentação é a possibilidade de estabelecimentos comerciais estabelecerem preços diferenciados para o pagamento à vista e no cartão. “Tem que se fixar um preço de acordo com a estrutura de custos que é imposta ao comerciante”, disse. Em alguns casos, as taxas de administração cobradas sobre as operações com cartões de crédito chegam a 5% do valor da compra.

As entidades ligadas ao comércio defendem essa diferenciação. Hoje, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) proíbe essa prática, considerando que uma venda feita por meio do cartão de crédito é o mesmo que uma venda feita à vista. “Esse impedimento da livre iniciativa prejudica tanto o varejo quanto o consumidor”, afirmou o presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), Abram Szajman. Para o dirigente, a atual legislação não beneficia o consumidor com descontos para o pagamento em espécie.

Independentemente das alterações que o governo federal pretenda fazer, elas não devem ocorrer no curto prazo, já que será necessário alterar a legislação vigente. Para acelerar esse processo, a líder do governo no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), apresentou uma emenda à Medida Provisória (MP) 460 que dá aos comerciantes a possibilidade de cobrar um preço diferenciado para as compras feitas com cartão ou dinheiro. Outras modificações nesse mercado podem seguir o mesmo caminho, ou seja, serem inseridos em alguma MP ou projeto de lei que esteja em discussão. “Os projetos em andamento no Congresso não contradizem o que está no relatório”, disse Marciano, do BC.

Além das empresas credenciadoras, a indústria de meios de pagamentos eletrônicos conta ainda com outros elos, que são os emissores, bandeiras e processadoras. No caso das instituições que emitem cartões, o estudo contabilizou 38 emissores no ano passado e, por isso, o BC entende que não há problemas de concentração. O mesmo ocorreu com as empresas que fazem o processamento das transações. No caso das bandeiras, há concentração de 66,4% dos cartões de crédito nas duas principais (Visa e Mastercard), mas Marciano minimizou esse fato, já que é um comportamento registrado também em outros países.

 

 

VISANET ON SOBE 11,20% EM DIA DE ESTREIA; REDECARD ON CAI 8,02%

São Paulo, 29 – No dia de estreia na BM&FBovespa, as ações ON da VisaNet mostravam ganho de 11,20%, a R$ 16,68, confirmando a expectativa de analistas ouvidos pela Agência Estado, de que os papéis mostrariam valorização significativa nesta segunda-feira. Na máxima até o momento, os papéis da VisaNet mostraram alta de 14,7%. No mesmo horário, Redecard ON liderava as poucas baixas do Ibovespa, com perda de 8,02%, e o índice subia 1,22%.

As ações ON da VisaNet se destacavam ainda em termos de giro: R$ 875,686 milhões, o maior da Bolsa paulista, cujo volume negociado estava em R$ 1,2 bilhão.

Os executivos da VisaNet, em um gesto simbólico, abriram o pregão de hoje da Bovespa, dando a largada para o início das negociações dos papéis da companhia. A expectativa é a de que as ações (VNET3) estreiem com ganhos de 15% a 20%. “Considerando que foi a maior Oferta Pública Inicial de ações(IPO, na sigla em inglês) do País e que o descredenciamento de corretoras atrapalhou, é possível que muita gente entre atrasada no papel no dia da estreia”, comentou uma fonte.

A oferta da VisaNet captou R$ 8,397 bilhões. Até essa operação, os quatro maiores IPOs da história da Bovespa, todos com valores superiores a R$ 4 bilhões (Redecard, Bovespa Holding, BM&F e OGX), apresentaram, no primeiro dia de negociação, valorização de 8,31% (OGX) a 52,15% (Bovespa Holding).

A oferta da VisaNet saiu no teto do preço sugerido, de R$ 15,00. A esse preço, o múltiplo medido no conceito EV/Ebitda ficou próximo a 14, em linha com os 14,7 de sua principal concorrente, a Redecard.

 

Lembrando que a fonte destas notícias é o Broadcast