Clube do Pai Rico
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Vale a pena pegar uma faca caindo ?

Pergunta:

Olá Zé, tudo bem?
Primeiramente parabéns pelo seu site. Sou iniciante nos investimentos e estou estudando e iniciando na bolsa de valores. Gostaria de sugerir um tema para seus posts. Acredito que seria muito interessante e que iria ajudar muita gente, se você desse dicas \”básicas\” de como operar em meio a essa situação que estamos enfrentando em nosso país.

Por exemplo:

Vi uma oportunidade de comprar a PETR4 a um valor baixo (exemplo 7,60) e assim que ela subir a um valor X (exemplo 8,00) vender. Essa é uma estratégia válida? pode ate ser mais se pegar a faca caindo? ou seja, se eu comprar de 7,60 e ela cair mais, e mais e mais? quando vender? como definir um stop? ou como enxergar uma tendência de alta?

Acho que são dúvidas que muitos iniciantes têm e que a visão de um cara experiente seria muito bom.

Bom, isso é só uma sugestão de Post. Mais uma vez, parabéns!!

Resposta:

Bom dia Rodrigo,

Você praticamente está querendo um curso de como operar, em poucas linhas e de forma prática ? hehehe 😉

O que eu poderia indicar que se enquadrasse neste perfil ? Já conhece a série “Como o Zé ganha na Bolsa ?“, ela apresenta as coisas que olho para tomar a minha decisão sobre um trade, se devo ou não realizá-lo. São ferramentas simples, trabalhando em conjunto e que te dão um pouco mais de segurança na hora de entrar em uma operação. (ou de ficar de fora dela)

Indico que leia os 15 textos da série (e o extra também !), pois são escritos da forma mais simples que consegui, para facilitar ao máximo a compreensão dos indicadores e ferramentas que uso. 😀

Mas gostaria de focar num ponto levantado por você em sua pergunta: mas e se pegar a faca caindo ?

Este é o maior risco de quem opera se baseando apenas no fator “a cotação vem caindo, acho que já caiu demais …”. A ideia de pegar a faca caindo nos lembra do risco de entrar numa operação do tipo “está caindo, deixa que eu pego” e com isso perder alguns dedos da mão … Que seria +- como se você entrar na operação, arriscando a compra, mas correndo o risco de perder uma parte do patrimônio, na forma de STOP.

Sim, muitos já entram nesse tipo de operação pensando no STOP. “Se der errado, é só acionar o STOP e pronto !”. É o pensamento certo de todo e qualquer operador. Porém ao pegar a faca caindo, você tem chances mais elevadas de precisar do STOP. Então me diga, por qual motivo você acharia válido entrar em uma operação, sabendo que as chances de precisar do STOP são grandes ? Não seria muito mais interessante adotar uma série de indicadores e sinais gráficos que pudessem limitar a necessidade dele ?

Você limita as perdas ao usar o STOP, e se mantém no “jogo”. Não seria a mesma coisa de quem pega a faca e perder um ou dois dedos ? A mão contínua lá … Vale a pena pensar desta forma ?

Estou longe de dizer para que você não entre em uma operação já pensando em acionar o STOP, o que estou dizendo é que você precisa encontrar algo que te ajude a diminuir as chances de precisar dele. E este é o papel da análise dos gráficos. Eles te ajudam a encontrar padrões que apresentam uma chance maior de que a operação dê certo. Muito melhor, não ? 😉

Sim, o risco de precisarmos do STOP ainda existe, porém ele será acionado em um menor número de vezes do que o seria esperado na simples tentativa e erro do “já caiu demais”. Além disso, muitas vezes, a análise do gráfico te proporciona um melhor posicionamento para o seu STOP. Seja em relação ao tamanho dele, seja em relação ao “falso rompimento” (o famoso violino), que causa a sua perda, para em seguida retomar o movimento em que você acreditava.

Acredite: não vale a pena pegar a faca caindo ! Espere ao menos ela repicar antes de tentar uma aproximação !! 😉

Sobre como trabalhar com o STOP, indico – fortemente ! – a leitura do excelente:
Aprenda a Operar Vendido e Vencer na Bolsa em Queda“, de Alexander Elder.

Espero ter lhe ajudado ! 🙂

Abraços !

Recebi um dividendo/JCP quando não tinha mais a ação na carteira. Como !?

Pergunta:

Bom dia! Já encerrei minha posição em uma empresa mês passado, mas recebi agora JCP.. foi algum erro? Ou sem querer quando vendi, meu pagamento já estava garantido? Obrigado!

Resposta:

Opa ! Tudo certo William ? 🙂

Fique tranquilo, é assim mesmo que a coisa funciona. 😀

Lembra, que para ter direito a um dividendo ou JCP (Juros sobre Capital Próprio), você precisa estar com a ação em carteira no momento em que ela vira “ex”. Pois então, se você estava posicionado nela, naquela “noite”, já foi o suficiente para que você tivesse o seu $$$ garantido. 😉

Lembrando que são duas coisas diferentes: o dia em que a ação se torna ex, e que te marca como tendo direito ao recebimento daquela bonificação; e o dia do pagamento propriamente dito desta bonificação. Normalmente (quase que um padrão) elas ocorrem em dias diferentes. 🙂

Então, digamos que a ação virou ex JCP hoje e o pagamento será feito dentro de 45 dias. Quem comprou até ontem, ou melhor: quem a tinha em carteira de ontem pra hoje, tem direito a esse JCP. Hoje, na abertura, a ação sofrerá o desconto do valor distribuído (que é maior que o a ser recebido, pois ainda tem a mordida do leão, direto na fonte), passando a ser negociada por um valor abaixo do apresentado no fechamento de ontem.

Se você quiser, já poderia vender a ação hoje, mais “magra”, e ainda receberia o $$$ do JCP daqui 45 dias. 😉

Muita gente aguarda um pouco para revender a ação (quando compra apenas para receber o dividendo/JCP), pois graças ao desconto que a ação sofre no valor da bonificação, eles correm o risco de sair no “0x0” … Então, muitos, aguardam que ela volte a se valorizar, para revender num preço próximo ao do fechamento antes de virar ex. 🙂

Como disse, fique tranquilo. O dinheiro já era seu, ele estava garantido, “marcado” com o teu nome. 😀

Espero ter ajudado. 😉

Abraços !

Quando compro uma Opção, e exerço meu direito, perco o dinheiro usado na compra ?

Pergunta:

Então em todo caso de exercício, o dinheiro usado na operação para adquirir a opção é perdido?
 

Resposta:

Opa ! Tudo certo Luan ? 🙂

Sim. O dinheiro que você usou para comprar a Opção, já é de quem te vendeu ela …

Encare esse dinheiro como um “sinal de entrada“, uma grana que você deu para quem te oferece uma oportunidade de no futuro poder escolher entre comprar, ou não, uma ação. (no caso da CALL, se for uma PUT, a escolha entre vender ou não)

É uma grana que você usa para te assegurar uma possível oportunidade de negócio no futuro. 😉

A forma, direta, de recuperar o dinheiro usado, é revendendo a Opção que você comprou no mercado. Muita gente faz apenas isso: compra e vende Opções, esperando que elas se valorizem (por conta da melhora do cenário, que justificaria o uso daquele direito que você tem em mãos), mas sem a real de usar este direito. Seria quase como um “cambista” … 😀

A outra forma, seria exercendo aquela Opção, em um cenário que justificasse isso. (no caso da CALL, ser mais barato comprar via exercício de Opções, do que diretamente no mercado)

Já no lado de quem te vendeu a Opção, mais especificamente no lado do lançador de Opções, ele possui apenas obrigações. Se permanecer vendido naquela Opção, não adianta ele “mudar de ideia” e dizer não para quem vier a exerce-lo. (ele pode sim desistir daquele “contrato”, bastando apenas recomprar a Opção em que está vendido)

Espero ter te ajudado. 🙂

Abraços !

Qual é o risco de um short Straddle ?

Pergunta:

Fala Zé, primeiramente obrigado pelo retorno na dúvida anterior…Entretanto, agora tenho uma nova dúvida…

– Efetuei uma venda de CALL, europeia, pelo strike de 10,20 com vencimento em 19/04/2024

– Efetuei uma venda de PUT, europeia, pelo strike de 10,20 com vencimento em 19/04/2024

Tenho as ações caso seja exercido na CALL e tenho o valor de margem para segurar até a data. No final deste mês (março) terei o valor para comprar as ações caso seja exercido.

Neste cenário, qual o risco que corro nesta operação?

Resposta:

Opa ! Tudo certo Eduardo ? 🙂

Tu fez um short Straddle ! 😉

Como já falei em outras ocasiões, não curto o short Straddle puro e simples … Motivo ? Umas “pontas” não recebe todo o “carinho e atenção” que merecia. 😀

Se você lançar após uma alta, “beneficia” a CALL. Se você lançar após uma queda, “beneficia” a PUT.

Mas consegues ver que a outra estará em desvantagem ?

Agora voltemos à tua dúvida. (continuamos o papo em outra ocasião)

O maior “risco”* é que você venha a ser exercido nas duas. Tanto na CALL quanto na PUT. E sim, é possível que isso ocorra …

Por mais que a “nova” regra da B3 diga que serão exercidas, automaticamente, apenas as Opções que estiverem ITM por ao menos 1¢, nada impede que alguém faça a solicitação do exercício ATM, por exemplo. Ou então, um exercício literalmente manual, dentro do período permitido. (que vai até às 14h45mim – neste momento, pois a B3 muda a agenda do dia do vencimento ~de vez em quando)

Então, neste “pior”* cenário, você precisaria entregar as ações, pelo exercício da CALL, e comprar as ações, pelo exercício da PUT. E sim, não precisaria fazer nada … pois um exercício “anularia/equilibraria” o outro. 😉

Só terias o custo dobrado pelos dois exercícios.

Esse é um cenário BEM específico, e por que não dizer que é difícil de acontecer ?

O mais comum será ocorrer o exercício da CALL, ou da PUT. (de novo) Dificilmente o das duas Opções ao mesmo tempo.

– “Mas Zé, eu poderia recomprar as duas no dia do vencimento e não correr o risco de ser exercido em nenhuma delas.”

Lembra que mesmo se recomprar você ainda poderá ser exercido ?

E mesmo assim as duas, CALL e PUT, ainda estariam valendo alguns centavos. O que tiraria parte do prêmio da operação. 😉

* Então, o “pior” cenário seriam as duas sendo exercidas. E sim, esse é o sonho de todos que montam esta operação estando cobertos. 😀

Mas, de verdade, como disse no início, a operação sempre “atrapalha” uma das duas Opções. Ocorrer o exercício da dupla é algo MUITO raro. Então, sempre (sim, acho que dá para generalizar deste jeito) teremos uma das duas Opções sendo exercidas … E acho que este é o maior (e verdadeiro) problema de um short Straddle.

O que muitos fazem para melhorar um pouco a situação da operação, é montar um short Strangle. Recebe um pouco menos, mas gera mais área de manobra para o Sr Mercado. 😉

Já aqueles que montam um short Straddle “descoberto” … 🙄

Espero ter te ajudado ! 🙂

Leituras importantes e complementares:

Opções – O que é um Straddle ?
O vencimento de Opções após as mudanças nas regras do exercício
Opções | ITM – ATM – OTM
O que acontece se eu recomprar a Opção no dia do vencimento e for exercido ?
“Como assim eu fico vendido e comprado na Opção ao mesmo tempo ?!”

O tema te interessa ? Você tem vontade de investir com Opções ? Te convido a conhecer o Double PUT Double CALL, o meu curso de Opções ! Será um prazer lhe ajudar neste processo de aprendizado !! 😀

Abraços !

7 razões pelas quais gráficos de candlestick são tão populares

(a sétima é a derradeira)

Se você não começou a investir em ações antes da década de 90, provavelmente nem chegou a ver um gráfico usando um padrão diferente do que o dos gráficos de candles. Inventado no Japão, no século XVII, por pessoas que o usavam para negociar arroz em seus principais Mercados (e fazer dinheiro, muito dinheiro), os gráficos de candles chegaram ao ocidente apenas no final do século XX, nas mãos de Steve Nison.

1 – Principal indicador:

Os gráficos de candles têm a capacidade de mostrar sinais de reversão mais cedo do que as técnicas de gráficos ocidentais. Dessa forma, os gráficos de candles são o verdadeiro indicador principal da ação do Mercado. Eles regularmente identificam movimentos potenciais antes que se tornem aparentes com as ferramentas técnicas ocidentais. Muitos padrões de candles japoneses não são encontrados nas técnicas de gráficos ocidentais. Por exemplo, em muitas situações, os candles superam o indicador de divergência e convergência da média móvel (MACD) em termos de timing de entrada e saída do Mercado.

2 – Pictórico:

Os gráficos de candles são muito pictóricos e descrevem o estado psicológico dos participantes do Mercado em um determinado momento, que pode ser utilizado para tomar decisões de trading significativas. Terminologias como enforcado, estrela cadente, nuvem negra, martelo e bebê abandonado criam imagens indestrutíveis que podem ajudar o trader a lembrar o padrão por meio da imagem de seu nome. A técnica de candles consiste em centenas de grupos de padrões diferentes que identificam com precisão características e tendências específicas.

3 – Versátil:

Os gráficos de candles são versáteis, pois podem ser usados sozinhos ou em combinação com ferramentas técnicas ocidentais. Eles são diferentes dos gráficos de ponto e figura, que não podem ser usados com outros indicadores técnicos. Os candles usam os mesmos dados de preços que os gráficos de barras, mas a técnica de candles aprimora a capacidade de reconhecer grupos de padrões complexos e prever o próximo resultado possível com base neles.

4 – Podem ser aplicados a qualquer dimensão temporal:

As técnicas de gráficos de candles podem ser adaptadas para trading curto ou longo prazo. Os gráficos de candles são excelentes para trading de curto prazo por meio do uso de gráficos intraday, como gráficos de 1 minutos, 5 minutos, 15 minutos, 30 minutos ou 1 hora. Eles também podem ser aplicados à previsão de mais longo prazo por meio do uso de gráficos diários, semanais e mensais.

5 – Flexibilidade e adaptabilidade:

Os gráficos de candles podem ser aplicados para acompanhar quantos Mercados você desejar – sejam ações, futuros, moedas ou commodities. Em outras palavras, um trader pode aplicar os princípios de candles para analisar ou negociar ações no Brasil, índices futuros ou contratos futuros de café. Se os traders quiserem diversificar seu portfólio, eles podem negociar, por exemplo, ações nos EUA, futuros nos EUA, moeda estrangeira, títulos do Tesouro dos EUA ou do Japão e qualquer commodity em qualquer Mercado ao redor do mundo.

6 – Testada pelo tempo, confiável e útil:

A técnica de gráficos de candles foi testada pelo tempo e foi refinada por gerações de uso no Japão. O fato de ainda ser muito usada hoje em dia, após mais de 300 anos desde sua descoberta, é um testemunho de sua utilidade.

7 – (a derradeira, lembra ?) É um caminho sem volta:

Depois que você começa a usar os gráficos de candles para acompanhar o Mercado, você não consegue mais usar outro padrão gráfico. Linhas ? Barras ? Ponto e figura ? Não … Nenhum deles consegue ser usado por quem se acostumou a usar gráficos de candles.

Motivo ? A facilidade de leitura. Você bate o olho no gráfico e consegue compreender por completo aquilo que ocorreu no período em questão. Se for uma única barra, de um período qualquer, você sabe tudo aquilo que aconteceu naquele período. Qual o valor da abertura ? Está lá. Qual o valor do fechamento ? Está lá. Qual foi a mínima naquele período ? Está lá. Qual foi a máxima naquele período ? Está lá. Subiu ou Caiu ? Está lá !

Parafraseando Cypher, em Matrix:

You see, I’m not seeing it. I’m not seeing the code. I see blonde, brunette, redhead.

(Você vê, eu não estou vendo. Eu não estou vendo o código. Eu vejo loira, morena, ruiva.)

A partir do momento que você passa a usar gráficos de candles, você não vê mais as barras em sua tela, mas sim o comportamento do Mercado, e seus participantes, momento a momento. Passo a passo …

O poder dos gráficos de Candlestick

Nota do Site:
5 Moedas

O poder dos gráficos de Candlestick
Fred K. H. Tam

Editora: Novatec
Ano: 2024
Edição: 1
Número de páginas: 352
Acabamento: Brochura
Formato: Médio