BMFBOVESPA terá programa de TV sobre EF
A BM&FBovespa deve investir R$ 20 milhões em 2009 em ações para popularização do mercado de capitais no Brasil. De acordo com o diretor-presidente da instituição, Edemir Pinto, o montante é o dobro do que foi aplicado em 2008. A meta da empresa, segundo ele, é elevar o número de pequenos investidores, que atualmente gira em torno de 500 mil, para 5 milhões de pessoas no prazo de cinco anos.
Uma das ações nesse sentido, será feita em parceria com a TV Cultura, com a criação do programa Educação Financeira, que será veiculado a partir do dia 8 de agosto (sábado) na emissora. Segundo o executivo, o objetivo é ampliar os ensinamentos dos programas atuais de educação da casa, para uma parcela ainda maior da população.
Com duração de 12 minutos, divididos em dois blocos, o programa será semanal. Em cada episódio um novo tema será apresentado ao público a partir de exemplos do cotidiano brasileiro. Serão tratados assuntos como orçamento familiar, endividamento, aposentadoria e educação dos filhos, além da casa própria, poupança, CDB, Tesouro Direto, ações e mercado futuro.
A programação inicial prevê a veiculação de vinte programas, mas a expectativa é de conseguir envolvimento também das corretoras com o objetivo de transformar o projeto em um programa de longo prazo.
A expectativa é de que o programa seja visto em 80 mil domicílios, além de 6 milhões de assinantes de TV a cabo. Segundo o presidente da BM&FBovespa, cerca de 100 mil pessoas já passaram pelo programa Educar, que oferece cursos gratuitos sobre área financeira. Segundo o executivo, a pessoa física ou o pequeno investidor, já é responsável atualmente por um terço do volume financeiro da Bolsa.
IPO
O presidente da BM&FBovespa reiterou ainda que quatro a cinco novas empresas devem fazer oferta pública inicial de ações ainda neste ano. Segundo ele, 60% delas estão ligadas ao segmento de consumo. “Estamos percebendo uma movimentação grande das empresas, por isso, acredito que 2010 promete”, afirmou.
O executivo lembra que o boom de novas ofertas na bolsa paulista ocorreu em 2007, mas que esse movimento foi interrompido com a crise financeira, deflagrada na segunda metade do ano passado. “Em junho tínhamos entre 40 e 50 empresas em fase de preparação para abrir o capital, mas recuaram em face do cenário externo. Agora, com o início da recuperação nos Estados Unidos, estamos vendo nova movimentação entre as companhias brasileiras”, disse.