Livros ||| Empreendedores Esquecidos

9 de janeiro de 2013

O que médicos, advogados, contadores, arquitetos, engenheiros, psicólogos, alfaiates, e tantos outros profissionais podem ter em comum ? Em sua grande maioria atuam no quadrante A (para quem ainda não leu nenhuma obra da série Pai Rico Pai Pobre, são os autônomos), onde ganham – em muitos casos – muito dinheiro, porém sem tempo algum para dedicar às suas famílias e às coisas que lhe dão prazer.

Têm a possibilidade de ganhar mais e mais, porém a um alto custo: precisam trabalhar mais e mais, e mais. Quanto mais trabalham, mais ganham … chegando a ter jornadas diárias de 12, 15 horas. Para muitos, finais de semana e feriados são palavras que existem apenas no dicionário, pois não fazem parte de seu dia a dia. É … ser um A apresenta algumas vantagens em relação aos que estão no quadrante E, porém isso tem seu preço.

Em “Empreendedores Esquecidos” (Campus/Elsevier, 2011), Fábio Zugman aborda esse assunto de forma direta e apresenta sugestões que ajudarão estes profissionais a otimizar suas atividades e consequentemente aumentar seu faturamento. Afinal de contas, a frase “tempo é dinheiro” é um dos pilares econômicos de quem atua como autônomo, e toda e qualquer melhora no sistema de trabalho que traga ganho de tempo será traduzida em mais dinheiro para o profissional, ou então seu artigo de luxo mais valioso: tempo para viver.

Como sei disso ?

Fácil, sou autônomo … e sei muito bem o que é não ter finais de semana, feriados e ter de enfrentar longas jornadas para dar conta do serviço. Ah, se você não sabe, muitos que se dizem “proprietários de empresa” na verdade são autônomos, pois a produção de suas empresas dependem exclusivamente de sua presença e atividade.

Faça o teste, pense: “Se eu parar de trabalhar na minha empresa (supondo que seja “empresário”) ela continuará faturando da mesma forma por quanto tempo ?”. Só tome cuidado para não se surpreender com a resposta. 🙁

O que fazer então ?

Vários são os pontos abordados no livro que poderão ajudar, desde a administração do tempo pura e simples até a discussão sobre utilização do tempo entre a atividade propriamente dita e os estudos para a melhora (ou para aprender algo novo a ser implantado) de suas atividades. Só quem vive isto diariamente para saber como a resposta desta pergunta é complicada, muitas vezes o estudo e a atualização acabam ficando de lado, e a atenção é voltada para o trabalho que já se tem em mãos. (afinal de contas se você parar para estudar será menos tempo dedicado à tarefa, e consequentemente precisará trabalhar por mais horas …)

Outra discussão interessante é sobre formas de melhorar o valor recebido pelo serviço executado, como fazer para que o cliente perceba que o que está sendo oferecido justifica o recebimento de um valor diferenciado ? Ou pura e simplesmente … como se diferenciar, como não transformar sua atividade em mera commoditie ? (que neste caso seria aquela atividade que poderia ser exercida pelo José, pelo João, pelo Pedro, pelo Carlos, pelo Paulo, etc etc etc, da mesma forma, sem percepção alguma de diferença)

Com a apresentação de exemplos, e sugestões de atividades, o livro ajuda a enxergar possibilidades que certamente ajudarão o empreendedor a obter resultados mais satisfatórios do que os atuais.

Uma ótima dica de leitura para quem enfrenta este tipo de problema e deseja marcar um ponto de virada em seu gráfico de desempenho e resultados. E de quebra, encontrar tempo livre para se dedicar às coisas mais importantes de sua vida. 😉