Pergunta:

Boa tarde Zé,

Primeiro gostaria de parabenizá-lo pelo site, já acompanho ele desde 2008 e causou grandes transformações em minha vida e abriu meus olhos para o mundo das finanças, chego a lhe dizer que estou viciado nisso, hehehe!!!

Antes de mais nada mesmo acompanhando o site comecei a divergir um pouco em relação as estratégias que você adota e estou inclinado para um pensamento na linha Fundamentalista, comprado e de longo prazo… isso é pra vc entender o que penso para poder responder minha pergunta.

Atualmente meus investimentos se concentram em renda fixa, sou funcionário público (já sei que vc não é muito fã disso hehehe) tenho uma renda liquida de 3k (salario que recebo sem contar os rendimentos dos investimentos), construí uma poupança de 6 vezes minha renda liquida, tenho 8k investidos em tesouro direto com vencimento para 2015 e mais 4k em LCI com vencimento pra novembro desse ano. Pretendo manter esse aporte em renda fixa.

Com esse panorama quero iniciar finalmente a investir em ações para alçar vôos mais altos, acelerar meu ganho de capital e consequentemente minha independência financeira. Mas não quero iniciar investindo em uma ação específica e por isso li alguma coisa sobre ETF que acompanham o IBOV como o BOVA11 ou o SMAL11 que acompanham o índice das smallcaps. Porém tenho algumas dúvidas, esse ativos rendem dividendos; quem paga; como são distribuídos e se são reinvestidos automaticamente? Se funcionam semelhante a fundos de ações quem administra estes papeis quanto custa a taxa de administração e se possível poderia me dizer se realmente é um bom inicio para investimento em ações. Com isso pretendo fazer aportes mensais de 350 a 500 reais no mínimo mas o que sobrar de grana no fim do mês…

Muito obrigado, continue com esse excelente trabalho pois é realmente inspirador o que você faz!!!

P.S.: Eu me divirto muito com os comentários do aluguel de ações quando o mercado caótico não acompanha a tendência analisada por você, kkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!

Vitor de Souza e Silva

Resposta:

Boa tarde Vitor,

Muito obrigado ! É muito gratificante saber que o Clube faz diferença, que ajuda alguém. 😀

Discorda do que falo aqui ? Mas como !? Isso não pode ! Isso é proibido !! O que eu falo é lei, e “ai” de quem me contrariar !!!

Claro que estou brincando … sempre digo que normalmente apresento aqui no site as coisas que uso, faço, conheço. Falo disso porque é o que tenho mais intimidade, o que entendo melhor, no que posso ajudar mais. Mas outras vezes apresento coisas que estou estudando, diferentes das que uso, justamente para apresentar outras possibilidades a vocês. 😉

Legal, você tem seu colchão de segurança formado – só dê uma olhada no tamanho que ele deve ter … é melhor pensar em termos de “6 meses de gastos”, e não “6 meses de ganhos”, pois existem gastos não mensais que podem abocanhar sua poupança em certos momentos do ano) – mesmo sendo funcionário público e com isso estabilidade em seu emprego. Além disso tens uma bela quantia já reservada em outras aplicações mais seguras. Show ! 🙂

Muita gente dá preferência ao uso dos ETFs para sua estreia em bolsa, justamente pela facilidade que eles trazem para quem deseja montar uma carteira de ações diversificada. Neles não há distribuição de dividendos, pois já são reinvestidos “automaticamente”. Sobre serem “tipo” um fundo de ações … “é, são”, mas é como se fossem fundos negociados diretamente em bolsa. 😉

A taxa de administração deles varia, mas fica em torno de 0,5% ao ano.

Teoricamente os ETFs oferecem a oportunidade de investir num índice (no Ibovespa, por exemplo) de forma mais prática e barata do que seria num fundo de ações. Mas a diferença no custo será definida pelo seu custo operacional, pelo custo de corretagem da sua corretora. (por exemplo)

Espero ter ajudado. 🙂

Sugestão de artigos relacionados com a sua pergunta:

– Formando o seu colchão de segurança
– Colchão de Segurança – Quem precisa de um ?
– Todo começo de ano é a mesma coisa …
– Qual corretora escolher para operar ?

Abraços !