Se arrependimento matasse …
Há algum tempo você leu aqui no Clube a história (contada através de uma entrevista com o próprio) de Jorge Guinle. Um dos maiores exemplos de bon vivant, playboy e boa vida que já se teve conhecimento. (sim, os 3 adjetivos significam a mesma coisa, hehehe)
Quem não pensou muito depois de ler a entrevista ? Quem não encontrou erros, ou desejaria seguir o mesmo rumo dele … ?
Hoje venho com uma poesia, de autoria desconhecida, que vi no livro “Investimentos: um livro de segredos e conselhos” (Campus/Elsevier, 2011):
Se eu pudesse viver novamente a minha vida,
Na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido.
Na verdade, bem pouca coisa levaria a sério.
Seria menos higiênico.Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria
Mais entardeceres, subiria mais montanhas,
Nadaria mais rios.Iria a mais lugares onde nunca fui,
Tomaria mais sorvete e comeria menos lentilha,
Teria mais problemas reais e
Menos problemas imaginários.
Eu fui um dessas pessoas que viveu sensata e
produtivamente cada minuto da sua vida.
Claro que tive momentos de alegria.Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter
Somente bons momentos.
Porque, se não sabes, disso é feito a vida.
Não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma
Sem um termômetro, uma bolsa de água quente,
Um guarda-chuva e um paraquedas.Se voltasse a viver
Começaria a andar descalço no começo da primavera
E continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
Contemplaria mais amanheceres
E brincaria com mais crianças,
Se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.
Sim, é uma situação completamente oposta à de Guinle, acredito que neste momento de arrependimento a personagem poderia muito bem estar almejando ter tido uma vida parecida à dele …
Com a leitura das duas “faces da moeda”, pergunto: quem está certo ?