Clube do Pai Rico

Comprei algumas opções PUT para vencimento agora em janeiro e estou perdendo dinheiro. O que faço ?

Pergunta:

Carlos, boa noite! Estou conhecendo sua publicação neste momento, e achei bastante séria e honesta. Eu preciso de uma orientação urgente. Impulsivamente, comprei PUT em agosto/17 para exercício em 15-01-18. BOVAM57 (paguei a 0,42) e VALEM341 (paguei a 0,52). Essas sugestões eu vi em publicações da Empíricus. Como não entendo NADA deste tipo de mercado, não sei o que fazer, se tenho de VENDER em 15.01 ou simplesmente deixar pra lá e perder o dinheiro investido (680,00). Por favor, me dê uma ajuda sobre o que é melhor eu fazer.

Agradeço demais !

Resposta:

Bom dia Werther,

A notícia que tenho pra te dar não é das mais agradáveis não …

Você já perdeu os R$680 que havia investido na compra destas PUTs. Infelizmente não há nada que possa ser feito para que você possa recuperar neste momento o dinheiro perdido com essa operação. 🙁

O motivo ? Bom, deixe-me explicar um pouco melhor sobre o funcionamento das opções do tipo PUT (uma opção de venda) para que você e os outros leitores possam entender.

Como disse, uma opção PUT é aquela que dá ao detentor (quem a comprou) o direito de vender um ativo em uma data futura por um preço previamente combinado. Direito para o comprador, mas uma obrigação para quem a vendeu. Quem comprou a opção PUT deverá tomar a decisão se vai ou não vender o ativo atrelado àquela opção no vencimento dela. E claro que isso só será feito se trouxer algum benefício para ele. Para entender melhor o exercício em si, sugiro ler o post: “Como funciona o exercício de opções ?“.

Já quem vendeu uma opção PUT, deverá atender o desejo do comprador e dar continuidade ao negócio, comprando o ativo atrelado à opção vendida, caso esse seja o desejo do detentor dela.

Essa parte ficou clara ? Ok, sigamos em frente. 🙂

Graças a essa característica fundamental das PUTs, ela é uma opção que se favorece (valoriza) dos movimentos de queda. Isso é, ela traz lucro ao comprador quando o mercado cai e o ativo atrelado a ela se desvaloriza. Sim, vai na contramão do que estamos acostumados. 😉

Já que ela apresenta valorização em momentos de queda, uma opção PUT é o melhor exemplo de um seguro em ação. Você compra uma PUT na expectativa de que o mercado venha a apresentar uma queda e que, graças à queda, possa obter lucro. Simples e direto.

Pois bem, sabedores disso, qual seria a finalidade da operação que você realizou ?

A Empiricus sugeriu aos seus leitores/clientes que comprassem uma série de opções PUT para que desta forma pudessem proteger uma carteira de ações previamente existente. E é aqui que está o ponto mais importante de tudo: a carteira de ações.

A sugestão de compra das PUTs não ocorreu para que o interessado pudesse obter um ganho direto e isolado com esta compra, mas sim para que pudesse proteger parte dos ganhos obtidos com o movimento de alta recente que as ações haviam apresentado.

Explicando esta parte: as ações permaneceriam em carteira, apresentariam alguma desvalorização, porém o ganho obtido com as PUTs recentemente compradas ajudaria a reequilibrar a balança. 🙂

Desta forma a pessoa manteria suas ações em carteira, acreditando que o mercado manteria seu movimento de alta, mas teria em mãos uma ferramenta de proteção que lhe ajudaria a enfrentar (e repor parte das perdas) uma possível queda. Se a alta tivesse continuidade, o retorno apresentado pelas ações mais do que compensaria a perda originada pela compra mal-sucedida destas opções seguro, pois elas representariam uma parcela muito pequena do patrimônio total ($$$ para investimento) do investidor. Algo entre 1% e 2% do total …

O que vi acontecendo ? Muita gente que não tinha nenhuma ação em carteira, mas que recebeu a orientação de compra das PUTs, entrou na operação (que apenas tinha caráter de proteção) e viu o dinheiro indo embora …

Não sei se foi o teu caso, mas foi o que vi acontecendo às pencas !! 🙁

Voltando à operação. O que aconteceu ?

O mercado manteve o movimento de alta e as opções PUT foram perdendo valor conforme o vencimento se aproximava. Foram secando e secando … Até atingir o valor que estão hoje: 1 centavo.

BOVAM57 tinha como strike os R$57,00 e a VALEM341 os R$27,03. Como estão os ativos correspondentes ? BOVA11 R$76,76 e VALE3 R$43,23 !! Ambos MUITO distantes do strike escolhido. (se não sabe o que é o strike de uma opção, dê uma olhada aqui)

As opções viraram pó … As ações que estavam em carteira se valorizaram … e “todos” ficaram felizes. “Todos”, exceto os que apenas compraram as opções. 🙁

Infelizmente essa é a realidade Werther …

Entendeu o motivo para que eu insista tanto para que vocês se matriculem no meu curso, o Double PUT Double CALL ? Nele, além de apresentar o meu método propriamente dito, entrego todo o conteúdo necessário, toda a teoria para que você possa investir no mercado de Opções sem medo e sem nenhum tipo de surpresa.

O mercado de Opções nos oferece muitas oportunidades e possibilidades, mas para que sejam possíveis (e menos arriscadas), precisamos adquirir a base teórica necessária.

A minha sugestão é: encare a perda como um custo de aprendizado. Pense que o valor que você perdeu praticamente pagava a sua matrícula no curso. Acredito que esta seja uma ótima justificativa para que você se cadastre agora mesmo nele. Concorda ?

Espero ter lhe ajudado, por mais que não seja um resultado que você gostaria de ter obtido …

Abraços !

Rally de Natal – 2017

2017 … um ano em que muitos acreditaram numa chegada antecipada do bom velhinho. Motivo ? A expectativa da aprovação da reforma da Previdência agitava os participantes do mercado e todos davam como certa a vitória da nação.

Mas … botaram água no chopp. Aos 48 minutos do 2º tempo o “juiz” foi lá e adiou a partida. Disse que ela seria retomada somente em meados de fevereiro do ano seguinte. Um balde de água fria que fez com que muitos praticamente desistissem de pendurar suas meias na lareira.

Até que, do nada, o velhinho barbudo veio nos trazer de volta a esperança do Natal !! Não, não estou falando do Papai Noel … Estou falando do lulla e a marcação da data para seu julgamento. 🙂

Esperança renovada, uma bela arrancada. “Agora vai !” era uma das frases que mais se ouvia.

Só que parece que ainda não foi. O mercado está lateralizado há quase 3 semanas ! Mas sabe como é né … final de ano tudo é possível. Até mesmo o Rally de Natal !! 😉

Graficamente até temos uma chance de que o Rally realmente ocorra. Mas os eventos calendário (como o “sell in may and go away” e o “Rally de Natal”) parecem ter vida própria e acontecem quando lhes dá na telha.

Em nosso acompanhamento anual já são 11 a favor da estratégia e 5 contra. “Curiosamente” os últimos 4 anos foram de queda para as estatísticas … “Coincidentemente” o período mais conturbado da economia brasileira dos últimos muitos anos.

Sim, 2016, mesmo com aquela alta toda, foi um ano de queda para o final do ano. (entendeu por que eu disse que parece ter vida própria ?)

Ponto de Partida

Desde o início, temos adotado como ponto de largada o fechamento do mês de novembro. Em novembro de 2017 tivemos como fechamento a marca de 71.971 pontos. Estaremos acima dela no encerramento dos negócios de dezembro ?

Lembrando que para entrar nas estatísticas, como sendo um ano positivo, precisamos de uma alta superior a 2% para o período …

Como estamos lateralizados nas últimas 3 semanas, o resultado deste ano é realmente algo que se pode esperar por qualquer coisa. Com a proximidade dos 73.800 então … 🙄

Portanto, façam suas apostas: 2017 terá o Rally de Natal, ou não ?

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A resposta final virá na próxima semana. 😉

B3 (a antiga Bovespa) inova e anuncia algo inesperado em seu novo ticker !!

Acho que agora eu consigo me acostumar com a mudança de nome da nossa Bolsa. 🙂

Lembra da Bovespa ? Aquela que passou a se chamar BM&FBovespa após a fusão com a BM&F em 2008, e agora mais recentemente B3 com a fusão com a Cetip ? É … eu ainda não consegui me habituar com o nome novo e continuo chamando de Bovespa.

Coisa de velho saudosista, sabe ? 😉

Mas talvez agora eu consiga botar na cachola que o nome dela mudou e ponto final. Por quê ? Por um simples motivo … A nossa Bolsa emitiu um comunicado no dia de ontem informando que mudará o nome da ação negociada em pregão. De BMFBovespa para B3.

O “problema” é que a coisa não para por ai … e não seria esse o motivo para eu dizer que houve uma inovação. Concorda ?

Veja o anúncio publicado no twitter e veja com seus próprios olhos:


Reparou no detalhe ? B3SA3 !!!

Sim, há um número no meio do código do ticker da ação dela !! 😯

Por que estou tão surpreso ? Simplesmente por ser a primeira vez que uma ação usa um número no meio do código da ação. “Só isso” … 🙂

Ok … números não são uma “verdadeira” novidade dentro do código de uma ação, mas eles tinham uma função e posição específica dentro dele. Vamos refrescar a nossa memória em relação à formação do código de uma ação ?

XXXXY, sendo que as letras X são substituídas pelo código específico de cada ação (PETR para as ações da Petrobras, VALE para a da Vale, BBDC para as do Bradesco, ITUB para as do Itaú, etc etc etc), e o Y é substituído por um número que indica a classe da ação. As mais comuns são as ações com final 3 (ordinárias) e 4 (preferenciais), mas ainda existem outros tipos como as com final 11 (Units, como exemplo SANB11), 5 (preferenciais, como exemplo USIM5), 6 (preferenciais, como exemplo ELET6), 1 (direito de subscrição de ações ON) e 2 (direito de subscrição de ações PN).

Na parte referente ao código da ação propriamente dito, NUNCA houve uma ação que apresentasse um número dentro do código da ação. Uma inovação, literalmente falando, ou algo que somente não havia sido usado até então ?

Tentei me lembrar de alguma empresa que poderia ter feito uso de tal artificio, por conter um número em seu nome, mas não consegui encontrar nenhuma … Você tem alguma lembrança de um exemplo de empresa que poderia ter adotado a mesma codificação ?

Só sei que isso me chamou muito a atenção. 🙂

Mas me diga, o que foi que você achou ?

 

ps: se isso lhe pareceu grego, indico que você dê uma olhada no meu curso, o “Minha primeira vez na Bolsa“. 😉

BOVA11 ou PIBB11 ? Qual dos dois é melhor para se investir ?

Um amigo, pensando em investir diretamente em ETFs, para com isso facilitar sua vida na hora de diversificar a formação de sua carteira de ações, me perguntou se valeria mais a pena investir em BOVA11 ou no PIBB11. Falei que os dois era “diferentes”, mas parecidos … Pois o BOVA11 é um ETF que se baseia no Ibovespa, enquanto o PIBB11 se baseia no IBrX-50

Seriam dois ETFs diferentes, que se baseiam em índices de ações diferentes (veja aqui a composição do Ibovespa e a do IBrX-50), mas que vêm apresentando resultados bem parecidos nos últimos tempos. Em 2017 o BOVA11 se valoriza 23,45% enquanto o PIBB1, 23,86%.

Pouca diferença, pesando um pouco a favor para o PIBB11.

Ao falar isso, ele argumentou que não era especificamente sobre esse ponto que a sua pergunta se referia. Ele gostaria de saber qual dos dois eu investiria por conta da taxa de administração do fundo. Sim, se você não sabia, num ETF existe a cobrança de uma taxa de administração igual à que é cobrada pelos fundos de investimento dos bancos. A principal diferença é que um ETF pode ser comprado e vendido diretamente na Bolsa, enquanto o fundo do banco, só através do próprio Banco. Além disso, um ETF pode ser usado em estratégias mais “complexas” e que podem te proporcionar um rendimento extra (alguém falou em Double PUT Double CALL ?), enquanto o fundo do banco não …

Além disso, a taxa de administração em si, cobrada pelos bancos é bem superior à de um ETF.

Então, voltando ao meu amigo, ele reforçou sua pergunta, agora focando na taxa de administração: “Vale mais a pena eu investir no PIBB11 que me cobra só 0,059% a.a. ou no BOVA11 que me cobra 0,3% a.a. ?“. É … a taxa de administração do BOVA11 é 5x superior ao do PIBB11 !!

E isso é algo que acaba assustando/chamando a atenção. Não é mesmo ?

Pô … um custo 5x superior. É claro que o mais barato vai ser o mais indicado. Concorda ? Não existe a menor sombra de dúvida sobre isso !!

Será ?

Vamos olhar com um pouco mais de cuidado …

Se estivéssemos comparando dois fundos de investimentos, de bancos, onde um me cobrasse uma taxa de administração de 0,059% ao ano, enquanto o outro me cobrasse 0,3%. Onde o primeiro me exigisse um aporte mínimo de R$127,82 e o outro R$71,90 (valores próximos e relativamente baixos). Que estivessem apresentando um retorno semelhante nos últimos tempos. Que tivessem como “alvos” coisas parecidas, etc etc etc … É claro a preferência seria pelo fundo que me cobrasse a menor taxa. Concorda ?

Afinal de contas eu colocaria o meu dinheiro no fundo daquele banco, ele renderia durante um determinado período, e depois de algum tempo eu simplesmente solicitaria o resgate e pronto !

E é justamente aqui que entra um ponto MUITO importante e que deve ser priorizado nesta situação:

A liquidez do ativo !

Diferentemente do fundo do banco, onde eu invisto e resgato quando bem entender, e o meu dinheiro entrará/sairá  do investimento naquela hora, um ETF está sujeito às condições de mercado !! Se for um ativo com baixa liquidez … dê adeus aos seus planos, pois a coisa pode não sair exatamente da forma que você esperava.

De nada adianta dizer que os dois apresentam retorno semelhante, que o BOVA11 cobra uma taxa 9x maior que a do PIBB11, se a liquidez dos dois for algo muito diferente. Spoiler: e é BEM diferente.

Está sentado ? Pergunto isso pois a diferença é brutal. Enquanto o PIBB11 vem tendo uma movimentação (diária) média de R$10 milhões nos últimos dias, o BOVA11 vem movimentando, diariamente, perto de R$175 milhões …

É … Gigante, não é mesmo ? 😯

E sim, isso se traduz em liquidez … É muito mais fácil entrar/sair de um investimento em BOVA11 do que um no PIBB11.

Do que adianta pagar menos de taxa, se você corre o risco de ter problemas para entrar ou sair do investimento na hora que precisar ?

Ok … Com R$10 milhões por dia é bem provável que tenha a liquidez para que você faça a sua operação. Mas e o preço disso ? Como a liquidez é menor, as ofertas de compra e de venda acabam estando mais distantes do “preço certo”, o spread entre estas ofertas é maior e se você está com pressa pode acabar pagando por isso.

Você provavelmente já tenha visto isso em alguma oportunidade. O último negócio ocorreu nos R$71,90, mas a melhor oferta de compra está nos R$71,40, enquanto a melhor oferta de venda está nos R$72,40 … Você corre atrás, ou coloca a ordem no mercado pelo preço do último negócio ? Ficará lá esperando que alguém esteja disposto a “casar” sua oferta ?

Só nisso, de precisar ir atrás das ofertas que estão disponíveis, você já acabou gastando mais dinheiro do que gastaria com a diferença existente na taxa de administração.

Conclusão:

Num ETF, ao contrário do que vemos em um fundo de banco, a taxa de administração não é o principal ponto a ser levado em consideração na hora de tomarmos a nossa decisão. A liquidez tem GRANDE importância e precisa ser seriamente considerada.

O que eu faria ? Daria preferência pelo BOVA11 e sua liquidez. 😉

Aproveitando … Caso você não tenha conseguido entender algo do que foi dito neste post, convido-o a conhecer o “Minha primeira vez na Bolsa“, um curso criado por mim, e que tem como objetivo permitir que toda e qualquer pessoa inicie um investimento em Bolsa partindo do absoluto zero. Será um prazer te ajudar em sua jornada. 😀

“Estou de olho em uma operação que me proporcionará 6,93% de retorno. Tem algum erro ?”

Pergunta:

Boa tarde, Zé!

Comecei a estudar opções e estou com uma dúvida de principiante.
Estava lendo sobre opções de put, e tentei fazer algumas contas.

Analisando o ativo vale5 hoje, dia 28/10/2017 o mesmo está cotado a R$30,20 e a opção de venda da Vale, valew35 está cotada em R$ 2,81 com strike de 35,17, caso eu compre hoje, 1000 ações da vale, no total de R$ 30.200 e 1000 opções valew35 no total de R$ 2810,00, eu gastaria um total de R$ 33.010, se eu levar essa operação até o vencimento e a vale5 estiver custando menos que o meu strike, eu venderia minhas 1000 ações pelo preço do strike que daria um total de R$ 35.170 – menos o meu gasto lá do começo de R$ 33.010 = eu lucraria nessa operação um total de R$ 2160,00. Isso é possível? Existe esse tipo de operação?

Obrigado.

Resposta:

Bom dia Walter,

Opa ! Que legal ! Fico MUITO feliz ao ver que vocês estão se interessando mais sobre o tema opções e partindo para o estudo ! 🙂

Venho destacando as vantagens oferecidas por elas há anos ! E cada vez mais vejo que as pessoas começam a enxergá-las da maneira correta. #adeusbilhetão 😉

Vamos ver os detalhes da operação que você citou ?

Você compra as ações VALE5 por R$30,20 e as opções VALEW35 do tipo PUT por R$2,81. O strike desta opção é R$35,17.

Um pouco de teoria ? A opção PUT é aquela que dá ao direito de venda da ação “mãe”, ao seu detentor (comprador) por um determinado valor (strike) em um determinado momento (vencimento). Repetindo: o direito à venda. Chegando no dia do vencimento você tomará a decisão se vale a pena, ou não, vender a ação pelo preço acertado (strike). Se a cotação da ação mãe estiver abaixo do strike o exercício é válido, se não, não. Simples assim.

Para quem quiser entender um pouco melhor o exercício de opções propriamente dito, indico a leitura do post “Como funciona o exercício de opções ?“, onde detalho quando vale a pena ou não, pra quem vale, pra quem não vale, etc, etc e etc. 😉

Sabedores disso, vamos aos detalhes financeiros da sua operação:
(só vou atualizar os valores dos ativos envolvidos, ok ?)

Compra de VALE5 por R$30,62 e VALEW35 por R$2,27. Desta forma você poderá vender suas VALE5 por R$35,17 no dia 21/11/2017. Para tanto, terá gasto um total de R$32,89 e poderá obter R$35,17 caso exerça seu direito adquirido através da compra da opção. Um retorno de 6,93% !!!

Sensacional !!! Não é mesmo ?

Sim, seria … Se não fosse por um pequeno detalhe …

Acima vemos o box de cotações do ativo em questão, da VALEW35. Deu uma olhada com carinho nele ? Varias informações disponíveis … Desde a cotação, data do vencimento, tamanho do lote padrão, strike, ativo subjacente …

OPA !!! 😯

Isso … o “pequeno” detalhe é justamente esse: a VALEW35 não é ligada à VALE5 !!! A ação subjacente a essa opção é a VALE3 !! E isso muda absolutamente tudo em relação à operação que estavas de olho …

Por exemplo: a VALE3 custa R$32,92 e não R$30,62 … Uma diferença de R$2,30, a mais.

Com isso, o custo para se montar essa operação salta dos R$32,89 que “você” viu, para R$35,19 que é o custo real dela. Só para lembrar … qual era mesmo o strike dessa opção ? R$35,17

É … isso mesmo que você entendeu. Para montar essa operação você gastaria mais do que receberia … 🙁

Se tem uma coisa que aprendi nestes 20 anos de mercado é que não existe dinheiro de graça na Bolsa. Se você encontrou uma oportunidade absurdamente boa, para não dizer “ridiculamente” boa, desconfie. Existe algum erro básico por trás desse retorno tão interessante e de fácil acesso.

Neste caso o erro foi na identificação do ativo subjacente. Mas já vi outros tipos de erro que geraram dúvidas (e alegrias momentâneas) parecidas com a tua. Strikes diferentes do imaginado (ao olhar W35 poderia achar que o strike seria R$35,00), vencimentos em anos futuros (pensava ser de 2017, mas era de 2018), são alguns deles.

Um erro simples. Mas acontece com muitas pessoas. MUITAS mesmo. 🙂

Aproveito a oportunidade para te convidar a conhecer o Double PUT Double CALL, curso onde apresento a minha estratégia operacional que se baseia no uso de opções para rentabilizar meu patrimônio, onde também abordo esse tipo de “curiosidade”/ocorrência, e que terá uma nova turma sendo criada agora em dezembro. Garanta sua vaga !

Espero ter lhe ajudado ! 😉

Abraços !