Clube do Pai Rico

Como comprei um carro financiado e ainda ganhei dinheiro com isso

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Como bem sabem os amigos que leram o livro Pai Rico Pai Pobre, existem dois tipos de dívidas: As boas e as ruins.

As dívidas boas são aquelas que põe dinheiro no seu bolso. As ruins são aquelas que só esvaziam ele … e foi pensando neste conceito que adotei uma estratégia “não muito convencional” no momento em que fui trocar de carro.

Eu já tinha meu carro antigo, um Astra, com cinco anos de uso. Sim, isto faz parte da minha estratégia de uso das coisas. 🙂

Uso tudo “otimizando ao máximo”, e com um carro não poderia ser diferente. Mas engana-se quem pensa que o carro estava velho. Ele ficou 5 minutos dentro da concessionária, foi uma briga entre o próprio pessoal que trabalhava lá dentro, hehehe. Na hora que levei para ver o preço que davam nele todos se espantaram e não acreditavam que tinha cinco anos. Bom, mas não é sobre isso que vamos falar, hehehe. 😉

O carro serviria de entrada e o restante seria pago em dinheiro … mas … perá lá … vamos antes de qualquer coisa ver a taxa de juros que estão cobrando … (lembra do outro texto em que eu falava sobre ser melhor pagar à vista ou à prazo ?) Será que não vale a pena eu financiar o restante – que no caso eram R$ 50 Mil – ao invés de me descapitalizar ? Lembrando que eu tinha o dinheiro na conta e só precisaria tomar a decisão que valesse mais a pena financeiramente falando.

Vamos pensar: Se eu pagasse à vista, até poderia ter conseguido algum desconto … acredito que pequeno … pois o preço do carro novo já tinha sido previamente chorado, hehehe. Mas o principal, se pagasse à vista ficaria sem os R$ 50 Mil para trabalhar com eles …

Se eu financiasse, teria que arcar com as parcelas – 60x foi o número que mais me agradou após as simulações – do financiamento. A taxa de juros era, se não me engano, de 1,39% ao mês. Só que junto vêm outras tantas taxas … mais juro composto, mais não sei o que lá, dava uma prestação de R$ 1.250,00. (arredondando … é R$ 1.254,xx e os xx eu não lembro agora …) Portanto para que valesse a pena o financiamento, eu precisava fazer com o que os R$ 50 Mil se valorizassem ao menos R $1.250,00 todos os meses. Por quê ? Porque eu queria que o carro “saísse de graça” ! Ou melhor, eu queria que ele saísse de graça e eu ainda ganhasse dinheiro com isso !

Certo, o número a ser batido eu já sabia, e ele era equivalente a um rendimento de 2,5% do montante original. Pronto, na hora em que vi que esta deveria ser a meta a ser batida mensalmente a decisão foi tomada. 🙂

Para que eu pegasse o carro “de graça”, seria necessário ter um rendimento médio de 2,5% mês após mês. Tudo que eu conseguisse fazer além disso seria o meu lucro. Já está começando a enxergar qual foi a minha decisão não é mesmo ? 😉

De que tipo é esta dívida ?

Voltando um pouco … este seria um caso de dívida boa ou dívida ruim … ?

Na minha opinião: Dívida boa ! Você conseguiria um empréstimo de R$ 50 Mil com uma taxa de 1,4% ao mês para trabalhar com o dinheiro em bolsa ? E o melhor … para trabalhar em bolsa pelos próximos 5 anos ? Não … ao menos eu nunca vi uma instituição financeira que fizesse isso …

Estou trabalhando o dinheiro que seria usado para o pagamento do meu carro para que ele mesmo se pague. Melhor, estou trabalhando o dinheiro que seria usado para o pagamento do meu carro para que ele mesmo se pague e que me dê dinheiro ! Sim, as contas estão a meu favor ! O financiamento foi feito em fevereiro/2008, já se passaram 2 anos e até o momento o dinheiro está entrando. 😉

O dinheiro ainda está “intacto”, todas as prestações estão em dia e o melhor, tenho mais do que tinha antes. 😀

Viu como o importante é olhar a média histórica e não somente os picos de ganho ? Mas uma das coisas mais importantes a serem olhadas é: Passei ileso pela crise de 2008 ! O meu método operacional me permitiu sair inteiro da “liquidação” que aconteceu naquele ano e melhor, me criou oportunidades de aumentar meu capital inicial.

Isso serve para todos ?

Olha … serei obrigado a dizer que não, isso não serve para todos. Só serve para quem tem um método operacional que gere fluxo constante para o caixa (não vale rentabilização teórica … enquanto a operação não é fechada o “lucro não é seu” …), e para quem tenha um histórico que se mostre estável, que não seja muito afetado pelas variações mais fortes que o mercado apresenta de tempos em tempos.

Consigo os 2,5% todos os meses e quem sabe um pouco mais ? Não, não é todo mês que consigo os 2,5% … mas historicamente este é um número que consigo bater. Como disse antes, o dinheiro está lá, e melhor, tem um pouco mais do que tinha antes de começar a “brincadeira”. Alguns meses não consegui atingir os 2,5%, mas fui lá e mordi a gordura que havia conseguido em meses anteriores. Afinal de contas, quando se usa uma estratégia operacional é preciso segui-la à risca. Não tem como forçar uma operação onde “ela não existe” …

Viu como não é direta a resposta: é melhor pagar à vista ou à prazo ? 😉

Mas agora eu quero saber de vocês: Alguém usa uma estratégia parecida ? Não ? Por quê ?