Clube do Pai Rico

Tenho um financiamento imobiliário, posso migrar minha conta para serviços essenciais ?

Nos últimos anos, com o boom visto no mercado imobiliário, foram muitas as pessoas que recorreram ao financiamento imobiliário (mais vantajoso que outrora) para efetuar a compra da tão sonhada casa própria. Os motivos para recorrerem a tal ferramenta são vários: falta do capital necessário para fazer o pagamento no ato da compra, custo do capital oferecido via financiamento mais conta do que o retorno oferecido por suas aplicações em renda fixa, ou somente o medo de uma descapitalização mais forte por causa do forte desembolso.

O motivo não importa: a indústria do financiamento imobiliário cresceu como nunca. Surgiram escritórios especializados na intermediação para a liberação dos contratos, onde os interessados procuravam estas empresas que faziam a “ponte” entre comprador e os bancos, indicando a documentação necessária (e muitas vezes mostrando os caminhos mais fáceis) para a obtenção do crédito. Vimos um início de briga entre os grandes bancos, liderada pelos estatais (Caixa e Banco do Brasil), mas seguida de perto por alguns privados (Santander chegou muito perto de brigar em pé de igualdade com eles).

assinando um contrato

As taxas eram muito competitivas. Como disse, em alguns casos eram inferiores às oferecidas por aplicações tradicionais em renda fixa. Para você ter ideia, o meu financiamento (feito na Caixa) tem uma taxa de juros de 8,5% (+ TR) ao ano. Uma aplicação que me renda 100% do CDI me garante uma rentabilidade superior ao que gasto com a parcela do financiamento. 😉

As conquistas das batalhas

Muitas vezes, a guerra das taxas tinha como principal objetivo a conquista de um novo cliente. Era muito comum vermos as pessoas abrindo uma conta em determinado banco, apenas para fazer uso das atrativas linhas de crédito imobiliário. Foram muitas e muitas pessoas que iniciaram um novo relacionamento apenas para obter o financiamento.

E o que acontece com isso ? Os bancos ganham “duas” vezes: com as taxas de juros do financiamento em si, e com a boa e velha taxa de manutenção de conta … Sim, um dos motivos para atraírem novos clientes é por causa do interesse dos bancos em outras fontes de captação.

Muitas vezes a conta era usada somente para o financiamento em si. Mas com o passar do tempo, os novos clientes começavam a fazer uso do cartão de crédito que lhes era oferecido … de uma linha de crédito pessoal … de um investimento da casa. Além disso, existem as ofertas casadas. Quer você queira, ou não, mesmo sendo proibida, esta é uma prática comum. Por exemplo, quando fechei o meu contrato, existia uma taxa que precisaria ser paga por mim. Neste momento a gerente me sugeriu adquirir um Plano de Previdência Privada da Caixa. Se eu fizesse isso, com o mesmo valor que pagaria pela taxa, estaria isento do pagamento em si, podendo resgatar o capital depois de 1 ano de aplicação. O desembolso ocorreria de qualquer jeito, mas fazendo isso eu teria como recuperá-lo mais a frente.

Em outras situações, as pessoas que abrem uma conta em um novo banco, exclusivamente para ter direito ao crédito imobiliário, seguem seus planos à risca: usam apenas para o pagamento das parcelas mensais do financiamento. Nada mais …

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Pergunte ao Pai Rico ||| 376

Pergunta:

Pai Rico,

Estou com uma dúvida em qual decisão financeira devo tomar nesse momento da minha vida. Mesmo lendo todos os seus artigos.

Há um ano atrás, eu e minha esposa (somos novos, 27 anos) compramos nosso primeiro imóvel e tínhamos como meta quitar ele o mais rápido possível. Ainda temos 80 parcelas do financiamento para quitar, porém nosso objetivo é finalizar em apenas 48 parcelas. Atualmente essas parcelas correspondem no máximo a 30% de nossa renda líquida e temos o costume de guardar mais uma média de 20% todo mês para ir abatendo o financiamento.

Estamos agoniados querendo investir, mas a pergunta é: devemos concentrar 100% de nossos esforços para abater toda a dívida do financiamento ou podemos começar a investir aos poucos (depois de um colchão de segurança)?

Obrigado.

Resposta:

Bom dia Daniel,

Realmente, o financiamento imobiliário pode ser encarado, muitas vezes, de uma forma diferente dos outros empréstimos/dívidas já abordados aqui no site. A sua situação, muito provavelmente, seja diferente da apresentada em outro “Pergunte ao Pai Rico”, com uma dúvida da Maíza.

O principal motivo ? A taxa de juros aplicada ao empréstimo/financiamento/dívida. 😉

Como já falei, na imensa maioria dos casos, é mais vantajoso você usar o dinheiro extra para abater/quitar uma dívida já existe. Afinal de contas será muito difícil encontrar um investimento que te renda o valor equivalente ao aplicado no empréstimo. Normalmente a taxa do empréstimo é bem superior ao do seu investimento.

E é ai que o financiamento imobiliário pode diferenciar. Por exemplo, tenho um que é corrigido em 8,5% + TR anualmente. A TR está próxima de 1,5% ao ano, portanto o meu financiamento é atualizado em 10% ao ano. Um investimento em renda fixa que me renda 12% ao ano (já tirando o IR), não valerá a pena ? 🙂

A regra permanece sendo a mesma: se você consegue obter uma aplicação que te renda mais do que é pago de juros no empréstimo, o adiamento na quitação é válido. Se não consegue, adiantar o máximo possível é a melhor alternativa.

Claro, existe aquela pressão para que acabemos o mais breve possível com aquela conta mensal, que incomoda tanto, que encerremos o financiamento para que o imóvel seja 100% nosso … Mas se o lado financeiro da coisa foi levado em consideração, a conta precisa ser feita e só depois a decisão pode ser tomada.

Infelizmente esse pode não ser o seu caso, pode ser que a sua taxa seja mais alta e que ao fazer as contas a antecipação se mostre mais vantajosa … Somente a comparação entre custos e rendimentos é que mostrará qual será a melhor alternativa. E como é apenas uma simulação, fazer contas “por cima” acaba facilitando as coisas.

E de novo: a briga entre o bolso e a satisfação de quitar o empréstimo será grande. A tentação então … nem se fala !! 😀

Espero ter lhe ajudado !

Abraços !

Pergunte ao Pai Rico ||| 349

Pergunta:

Tenho um valor de R$ 30.000,00 para investir e gostaria de saber qual a melhor opção:

1 – quitar um financiamento que possuo de 29.670,00 referente a 27 parcelas de R$ 1370,00

2 – investir em titulo do tesouro ou algum outro de renda fixa e continuar pagando o financiamento mensalmente.

Se for investir quanto tempo devo deixar o dinheiro aplicado para ser vantajoso e se após descontar o IR terei ainda um ganho real.

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Pergunte ao Pai Rico ||| 328

Pergunta:

Bom dia Zé…

Estou dando entrada no financiamento do meu apartamento e me veio a seguinte dúvida:

Tenho uma capacidade de aporte mensal de 30% da minha renda, porém com a prestação do apartamento, esta capacidade será reduzida para uns 18%.

Minha dúvida é a seguinte, compensa pegar este aporte para ir quitando o Saldo Devedor? Pergunto isso pois no financiamento estarei pagando um CET de 7,89% a.a + TR e pegando o valor para abater no saldo devedor, consigo no Tesouro Direto hoje uma taxa de 11% ao ano…

Minha ideia era juntar esta grana no tesouro direto mensalmente e só abater no saldo devedor quando conseguisse um saldo para quitação do mesmo, visto que esta taxa está em média 3% acima do que pagarei no financiamento…

Abraços,
Marcelo

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Pergunte ao Pai Rico ||| 244

Pergunta:

Zé , Tenho planos de até fim do ano conseguir um patrimônio de 30k (tudo dando certo pra isso até agora) .. Porém quero adiquirir um bem de 70k nesse mesmo prazo
… Posso conseguir um plano de empréstimos da empresa com juros de 0.6%a.m ou fazer um consórcio que eu usaria o meu capital de lance que segundo o agente do Consórcio contemplaria minha carta em 2 meses … e deixaria ela rendendo + que a poupança … O que deixaria eu pagando por mês R$ 45,00 O.o na parcela …. Mas o que é melhor ter uma carta de Crédito corrigida de inflação ou dinheiro na poupança comum (no caso do empréstimo comum )?

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