Clube do Pai Rico
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Todo começo de ano é a mesma coisa …

Já virou hábito do brasileiro, chega janeiro e o povo tasca a reclamar da concentração de contas pesadas justamente no começo do ano. Justamente quando “… estamos sem dinheiro …”, mas precisa mesmo ser assim ?

Claro … não vou nem comentar o fato de estarem “sem dinheiro“, pois o 13º acabou de ser dado. (farei de conta que não sei que ele ou foi usado para gastar e gastar e gastar nas festas de final de ano, ou foi para a quitação de dívidas que surgiram durante o ano que passou)

Mas então, de que forma proceder para não sermos “pegos de surpresa” (mesmo todos sendo sabedores que no começo do ano temos IPTU, IPVA, material escolar, etc) pelos gastos do começo do ano ? Simples !! Planejamento é a resposta. 🙂

Não é nenhuma surpresa

Antes de mais nada: vamos acabar com essa história de que é uma conta inesperada, que nos pegou de surpresa. Todos sabem, e estão mais do que acostumados, que o mês de janeiro é caracterizado por estes gastos padrão, normalmente altos – eu sei -, que tanto incomodam a população.

E o pior é que esta é uma tarefa simples ! Não será preciso nenhum cálculo matemático complexo, somente uma folha de papel, uma caneta e o seu comprometimento. Só !

Coloque nesta folha quais são as contas que deverão ser pagas no início do ano, normalmente temos o IPTU, IPVA e o material escolar. Coloque do lado de cada uma delas o valor que “te pegou de surpresa este ano”, afinal você não tem como saber o valor a ser pago em 2013, a única informação que temos é a dos anos já pagos.

Com o valor em mãos a coisa fica fácil, muito fácil ! Pegue-o e divida por 12, coincidentemente o número de meses do ano. Pronto, agora você já sabe o valor que precisará separar mensalmente de seu orçamento para que não seja pego de “surpresa” todos os anos. Pegue o valor (x/12) e deposite todos os meses em uma caderneta de poupança. (sim, o mais simples de todos para não criar dificuldade alguma …)

“Tá, mas esse não será o valor que pagarei no ano que vem !!”

Exato ! Lembra que falei que realmente não temos como saber o valor exato dos pagamentos a serem efetuados no próximo ano ? Mas quer ver como chegaremos bem próximos disso ?

Continue lendo …

Como sair da pobreza absoluta e se tornar um milionário da noite para o dia ?

 

Sabe aquela velha briga de classes, onde os mais “abonados” têm injustas vantagens em relação às pessoas mais simples ? E os que formam a base da pirâmide enfrentam barreiras que os do topo nem cogitam sua existência ?

Preste atenção na imagem abaixo. Ela contém um dos ensinamentos mais importantes que você deve aprender em sua jornada rumo a uma vida financeiramente saudável. Observe-a com atenção e tente extrair os principais conceitos contidos nela. Já aviso que provavelmente gerará alguma discussão e “revolta” em determinados grupos de pessoas … Mas o conteúdo dela é fundamental para que você possa seguir adiante.

 

banco imobiliário da vida real com mudança de níveis

 

Conseguiu compreender a lição ? Consegue enxergar que as coisas são um pouco diferentes do que a propaganda “vermelha” tenta nos vender ?

Sim, quem está nos níveis mais elevados da pirâmide social tem inúmeras vantagens em relação aos que estão mais próximos da base. “Tem dinheiro de sobra“, diriam alguns. Em alguns casos isso até é mesmo uma verdade, mas a principal vantagem competitiva que eles têm é a disponibilidade de tempo para dedicar-se à Educação. Está lembrado que há alguns dias falamos sobre a relação direta em o tempo na escola e o tamanho da renda ?

Pois então … as pessoas mais abonadas têm a vantagem de poder se dedicar, exclusivamente, aos estudos. Durante o tempo que “quiserem”. Podem completar o ensino básico, o ensino médio, concluir o ensino superior, provavelmente na universidade (e no curso) que quiserem, fazer cursos de especialização (pós, MBA, etc), sem a pressão de ter que colocar comida na mesa. Sem precisarem se preocupar com as contas … Eles têm o dinheiro (dos pais) que permitem que isso aconteça.

Já na classes mais próximas da base a história é justamente a contrária. Graças à situação financeira da família, muitas crianças se vêm obrigadas a largar os estudos para poder ajudar a complementar a renda familiar. Precisam abrir mão do ensino médio (algumas até mesmo da conclusão do básico), arranjar um emprego e ajudar a pagar as contas. Essa é uma história comum entre as famílias mais simples. Alguns até conseguem levar o trabalho em conjunto à escola, porém neste momento o aprendizado acaba não sendo completo.

Vantagem “injusta”

Lembra que o filho do “rico” pode se dedicar somente à escola ? (que provavelmente será particular) Graças a isso ele tem mais tempo livre para estudar em casa, bem como para descansar, e absorver aquilo que foi aprendido. Enquanto isso, no outro lado da balança, o jovem mais simples que ainda pode ir à escola (trabalhando e estudando ao mesmo tempo) tem pouco tempo livre para complementar o que foi visto em sala de aula e ainda menos para recuperar as energias.

A vantagem competitiva dos mais ricos, muitas vezes, não é o dinheiro em si. O que lhes dá uma vantagem “injusta” é esta possibilidade de dedicar-se exclusivamente aos estudos. O dinheiro em si, pode ser um catalizador para a perda do status social de alguns jovens. Quantas histórias já ouvimos de pessoas que tinham de tudo, das famosas dinastias (famílias que tinham fortuna e destacavam-se perante a sociedade), e que do nada passaram a viver uma vida mais simples ? Normalmente na troca de uma geração pela seguinte …

Sim, foram crianças que tiveram acesso a toda a educação que precisavam e que se podia imaginar. Mas que por alguma razão acabaram não aproveitando. Filhos que só queriam saber de festa e “aproveitar a vida” …

É uma vantagem “injusta” do ponto de vista que a oportunidade de dedicar-se inteiramente aos estudos deveria ser oferecida aos dois grupos. Porém esta não acaba sendo a realidade …

Outro exemplo de que a vantagem “injusta” não é o dinheiro puro e simples ? Quantas e quantas histórias de pessoas que ganharam prêmios milionários (loteria ou em programas de TV) e que em pouco tempo acabaram perdendo tudo ? Mais exemplos ? Esportistas que ganham verdadeiras fortunas, ao largarem a carreira veem-se em problema em pouco tempo. Ambos, muitas vezes, não tiveram a oportunidade real de se dedicar aos estudos enquanto jovens. “Do nada” surge uma bolada e aquilo acaba desaparecendo na mesma velocidade …

Sim, o dinheiro faz MUITA diferença

Não sou louco para negar a linha de pensamento que diz que o dinheiro (puro e simples) faz MUITA diferença. Ele é capaz de permitir que um jovem mais abonado possa tentar diversas vezes, diversos tipos de empreendimento, quebrando de vez em quando, até encontrar um que lhes traga o sucesso. Já para quem tenta empreender, sem esta segurança por trás …

O dinheiro te permite ter as mais diversas experiências. Te permite conhecer diversas culturas, diversos tipos de serviços (em diversos países), possibilitando que você encontre algo que outros não pensariam em criar. Mas dificilmente acontecerá sem ter a base educacional que já falamos.

Dizer que o dinheiro não faz diferença alguma ? Impossível …

Dizer que o dinheiro sozinho é quem faz a diferença ? É errado também …

No frigir dos ovos, quem se atém a esse ponto, que só usa o argumento do “ah, mas ele só se deu bem porque a família dele já tinha dinheiro blá blá blá” acaba perdendo uma ótima oportunidade de aprender com quem teve a oportunidade e que, acima de tudo, a aproveitou.

Não seria muito mais interessante descobrir o que deu tão certo na vida de alguém bem sucedido, para tentar replicar na sua própria vida ? Não dá mais tempo ? Que tal aprender para permitir que seus filhos tenham esta oportunidade ?

O problema é que a discussão acaba sempre chegando da pergunta que incomoda muita gente: Quantas famílias miseráveis conseguiram subir na vida a ponto de se tornarem milionárias ? Não seria muito mais interessante estas mesmas pessoas se perguntarem: O que é preciso para que uma família de miseráveis se torne uma família de classe média ? (e não vale usar a definição que o PT tentou emplacar, abaixando os valores para incluir mais gente nela) O que é preciso para que esta família agora possa ascender à alta ? E agora, o que fazer para formarem uma dinastia ?

Não … querem que, num passe de mágica, seja tudo automático e instantâneo. Não querem enxergar que o crescimento financeiro se dá aos poucos. Um degrau de cada vez.

Depois disso tudo …

… retorne à imagem que deu início a esse texto. Tente enxergar o que está nela sob esta ótica.

O que você me diz ?

As barreiras que a Educação Financeira nos impõe

Muitos querem largar uma vida de “pecados” financeiros, querem deixar o passado para trás, querem uma nova chance de ter uma vida plena e tranquila junto ao Pai (rico). 🙂

Todos sabem que a salvação está presente nas palavras sagradas que guiam a doutrina da Educação Financeira. Saber … sabem … Mas, colocar em prática o que por ela é sugerido é tão difícil … 🙁

São tantas barreiras, tantas restrições, tantas imposições …

É preciso abrir mão de coisas até então normais, evitar situações que são corriqueiras, que “fazem bem”. Como ?

É … muitos querem vir para o lado certo, porém o tinhoso nos tenta a todo momento.

Deixar de ir naquele restaurante que tanto gosto ? Abrir mão das comodidades oferecidas por aquela academia tão badalada ? Não ir no cinema hoje, por quê ? Não aproveitar esta incrível promoção, onde roupas que eu não preciso – mas “quero” – estão sendo oferecidas com inacreditáveis 50% de desconto do preço dobrado ?? Como ??

Abrir mão é tão difícil …

É inevitável: você precisará abrir mão de algumas coisas que dá muita importância. Muitas vezes, mais do que deveria …

Você precisará deixar de fazer algumas coisas que já está acostumado. Precisará fazer outras que nunca nem cogitou … E é justamente neste ponto em que muitas pessoas largam mão, desistem de tudo. Se esquecem das promessas de uma vida mais tranquila por causa de algum “contratempo” momentâneo … 🙁

Todos nós passamos por isso. Uns mais … Uns menos …

Alguns sentiram mais … Outros menos … Mas tenho certeza de que você encontrou algum ponto em que precisou pensar antes de mudar. Você certamente encontrou alguma pedra no seu caminho, que fez com que você refletisse se deveria, ou não, continuar na trilha, na sua jornada.

Talvez você nem se lembre mais dessa “barreira”. (para você ver quão importante era este “problema”)

Tente fazer um esforço … Tente se lembrar o que fez você pensar … Tente se lembrar do quase te fez desistir de realizar a melhor mudança que poderia ter feito em toda a sua vida.

Exagero ? …

Pergunte para alguém que já passou por problemas financeiros. Que sentia a pressão das contas vencendo, sem ter dinheiro para pagá-las. Pergunte para alguém que se entupiu de dívidas … Pergunte para esta pessoa se a vida depois destes problemas não é completamente diferente.

Muitos de nós não dão a devida atenção à Educação Financeira que ela merece. Provavelmente por ela já ter vindo de “berço”. Muitos nunca enfrentaram um problema financeiro de verdade, e justamente por isso não sabem como é o “outro lado”.

Quer ver então se for alguém que tem um salário muito alto, a ponto de nem precisar olhar o extrato bancário. (como vimos há algum tempo um servidor público alardeando) 🙄

ps: não estou atacando os servidores desta vez, só estou usando o exemplo, pois aquilo realmente me marcou … me chamou a atenção.

Ou então alguém que se casa com um açougueiro, que em aproximadamente 10 anos deixa de ter um negócio de esquina e passa a ter um dos maiores conglomerados de “proteína animal” do mundo … (viu ?)

Exercício de reflexão

Sim, a proposta de hoje é essa: reflita sobre qual foi a principal barreira que você enfrentou no seu início, nos seus primeiros passos rumo à Educação Financeira.

O que foi que quase fez você desistir de tudo ?

O que precisaria acontecer para você mudar sua forma de agir ?

Fazemos sempre as mesmas coisas, seguimos a “ditadura da moda”, gastamos rios de dinheiro para nos mantermos atualizados em relação aos últimos gadgets do mercado. (você viu aquele estudo que aponta que gastamos U$300 mil ao longo da vida para sempre termos o último modelo de smartphones ?)

Faça tudo o que o seu mestre mandar, parece ser o mantra de muitos. Concorda ?

E assim vamos vivendo (ou seria sobrevivendo ?)

Até que um dia, nos tocamos de quão horríveis foram nossas decisões. Nos arrependemos de ter feito, ou deixado de fazer, algo. De ter se dedicado, ou deixado de se dedicar, a uma tarefa. De ter batalhado, com unhas e dentes, por algo ou alguém.

Normalmente essa sensação de “ter deixado para trás” ocorre tarde demais … Quando já estamos “velhos”, sem energia ou tempo para pôr em prática o que nos trouxe arrependimento.

Mas por que agimos assim ? Por mais que vejamos conselhos por todos os lados, por mais liberdade que tenhamos hoje, em relação a nossas escolhas e decisões, por mais informação que esteja disponível. Continuamos seguindo a trilha deixada por outros, continuamos fazendo parte de um rebanho …

Continuamos temendo o desconhecido, mas não nos esforçamos para descobrir “quem” ele é.

É algo nosso, do ser humano. Provavelmente tenha sido isso que nos possibilitou crescer e dominar o mundo, como espécie. Mas com tanta liberdade, e tantas escolhas, é o que vem trazendo graves problemas de saúde para uma grande parte da população.

Stress … Depressão … etc etc etc

Nos deparamos com tantas escolhas, tantas possibilidades, mas insistimos em permanecer fazendo mais do mesmo. 🙁

Por isso a pergunta: “O que precisaria acontecer para você mudar sua forma de agir ?

Usarei o exemplo dos investimentos. Tínhamos uma taxa de juros de 14% ao ano até pouco tempo atrás. Retornos garantidos de 1% ao mês. Uma fábula. Um absurdo … Por que ir atrás de outra coisa se tenho isso garantido ?

Mas … tudo mudou, e hoje o mesmo investimento seguro paga apenas 4,25% ao ano. Menos de 0,35% ao mês … É o suficiente pra você ?

Não, não é !! Agora preciso ir atrás de algo novo, diferente !! Qual é o investimento de renda fixa que me paga os 1% ao mês de outrora Zé !!?

É … A maioria “quer mudar”, sem mudar. Na verdade que voltar ao que tinha antes, permanecendo tudo da mesma forma … Quer mudar, mas mudar para o que tinha antes, sem mudar o que tem hoje. (deu pra entender ? hehehe)

Quer o que tinha antes, que não existe mais nos dias de hoje, fazendo a mesma coisa que fazia antes … 🙄

Ah, preciso estudar outros tipos de investimento ? Preciso me dedicar ? Preciso me arriscar ? Preciso deixar de não fazer nada e me mexer ? Então é melhor deixar pra lá … esquece.” Sim, muitos respondem isso quando me fazem a pergunta de como melhorar o atual rendimento, e como resposta aponto a necessidade de migrar parte do capital disponível para investimentos para a renda variável.

É muito arriscado“, “dá muito trabalho !“, “ouvi histórias de gente que perdeu tudo, casa, carro … tudo por causa da Bolsa” …

Continuar fazendo mais do mesmo, por quê ? Se não está dando certo, como esperar que passe a dar ? Um passe de mágica ?

SIM, investir em Bolsa pode ser arriscado. Especialmente se você tentar investir sem saber o que é, como funciona, quais as formas mais seguras para se investir … Experimente brincar de roleta russa, ou tente pilotar um carro de Fórmula 1 sem ter os conhecimentos necessários, para ver o que acontece. Se você parar para pensar, até mesmo sair de casa pode ser muito arriscado …

🙁

O que precisa acontecer para que você mude ? O precisa acontecer para que você deixe de fazer o que está fazendo, o que seus pais fizeram, seus avós, o seu vizinho, o seu primo, os seus amigos, e passe a fazer algo que enxerga como sendo necessário ?

O que precisa acontecer para que você faça o que é preciso, e que você quer fazer, e deixar de lado os “conselhos” que todos dão ?

Eu não estou dizendo para você mergulhar de cabeça num mundo novo e inexplorado. Estou falando para você ir atrás de conhecimento, de informação, de apoio. E você sabe que aqui no Clube existe tudo isso. 😀

Seja através dos textos que publico diariamente, seja através dos livros que indico, seja através dos meus cursos, o Minha 1x na Bolsa, ou o Double PUT Double CALL, seja através de um e-mail enviado com uma dúvida

Aqui falei apenas sobre o lado investimento da coisa … mas você consegue enxergar que isso serve para praticamente todas as áreas de nossas vidas ? Tentamos manter tudo na mesma, tudo igual, tudo como sempre fizemos, até que algo aconteça e nos obrigue a mudar. E é isso que estou te perguntando: o que precisa acontecer para que você mude ? O que precisa acontecer para te obrigar a fazer uma mudança ?

As lições sobre dinheiro que só uma mesada nos traz

Muitos de nossos problemas financeiros começam já na infância. Seja por falta de conhecimento dos pais, ou por causa da realidade em que a criança está inserida. Mas se os pais soubessem como uma pequena atitude poderia ajudar seus filhos … 🙁

São muitas as famílias onde não existe o uso da ferramenta, popularmente conhecida como mesada, que poderia ajudar bastante nos primeiros – e fundamentais – passos de uma Educação Financeira de qualidade. Algumas por não ter a condição financeira ideal para fornecer uma quantia mensal a seus filhos. Outras por não ter a mínima noção do dinheiro e da importância que um orçamento (controlado e “restrito”) tem nesta etapa de crescimento e aprendizado das crianças.

Não ter uma mesada …

Sim, é “errado” você não criar uma mesada para seus filhos, dando preferência por dar o dinheiro necessário a cada nova necessidade deles. No momento em que você cria um valor mensal, definido e recorrente, você estará proporcionando ao seu filho um pouco da realidade que encontrará na vida adulta. Lá existirá o salário, que deverá ser usado (da melhor forma possível) para viabilizar o orçamento da pessoa.

A partir do momento que você não cria a “instituição” mesada, e entrega dinheiro à criança a cada solicitação, a cada nova necessidade dela, você passa uma imagem errada do que ela (provavelmente) encontrará na vida adulta: a de que o dinheiro é infinito e que basta você querer que ele estará lá. (podendo até mesmo ser prolongado o assistencialismo dos pais)

Mas o mais provável é que veremos a criança substituir os pais pela figura do banco, através do cheque especial e do cartão de crédito. Lembre-se: ela não teve acesso a um treinamento muito importante que toda a criança deveria ter desde pequena. Não ter que lidar com um orçamento limitado faz com que conceitos básicos de Educação Financeira sejam desconhecidos para ela. As chances de vermos um adulto que não tem controle algum sobre seus gastos, parecendo que ganha pouco (por maior que seja seu salário), são grandes.

Uma situação diferente é vivida pelo adulto que não teve mesada quando criança, mas por falta de condições financeiras da família. Ela provavelmente tenha tido uma infância com acesso restrito a determinados produtos e serviços. Não ganhava a mesada, mas também não ganhava o dinheiro que “precisava” (ou queria) quando pedia. Ela não terá a experiência (real, pois quem precisava se virar nos 30 eram os pais) de um orçamento limitado. Um adulto com este tipo de experiência corre o risco de se perder nos gastos a partir do momento que passa a receber um salário.

E isso é muito comum !! Por não ter tido acesso às coisas que tinha vontade quando mais jovem, a partir do momento que passa a ganhar o seu próprio dinheiro, através do trabalho, a pessoa gasta “à vontade”. Porém as chances de que o erro seja repetido por um prazo mais longo são menores do que as da pessoa que foi criada ganhando tudo que queria ao pedir.

Mas como calcular o valor da mesada ?

Uma pergunta importante e que terá uma resposta: varia de criança para criança. 🙂

As crianças têm necessidades diferentes, elas têm interesses diferentes. Portanto cada criança apresentará um “orçamento” diferente. É com base neste orçamento que você deverá calcular o quanto deve ser pago mensalmente à criança. Não existe uma fórmula mágica que indique um valor único para uma criança só ao sabermos a idade dela, por exemplo. Dependerá do meio em que ela vive, das condições financeiras dos pais, da idade dela, etc etc etc.

Alguns pais acham que os gastos com educação também devem fazer parte do orçamento, da mesada. Outros não … Por exemplo, gastos com fotocópias, material de apoio – lápis, caneta, caderno, borracha – e merenda. Ao incluir estes itens no valor da mesada, você estará passando o recado que todo e qualquer gasto que ela venha a ter é de responsabilidade dela, e que o dinheiro que ela tem atende a essa necessidade. Ao deixar de fora, talvez passe o recado de que “ah, algumas coisas você pode deixar que o pai te ajuda“, sabe ?

Acredito que o ideal seja incluir realmente todos os gastos que fazem parte do orçamento da criança nas contas que apontarão o valor da mesada. Afinal de contas é você que vai pagar mesmo … 😉

Uma coisa é importante: um acompanhamento de como a criança vem gastando o dinheiro. Ver se ela está direcionando os valores que você lhe entregou para as devidas finalidades. Ou você nunca deixou de comprar algo que precisava para ir num bar com os amigos, ou para comprar uma roupa nova ?

Vou dar um exemplo: nas contas da mesada existiam os gastos com merenda, um misto-quente e um refrigerante. Esse valor se repetiria os 5 dias da semana, as 4 semanas do mês. Certo ? Mas e se a criança deixasse de comer o lanche durante alguns dias … O valor deve ser “apreendido” ou deve ser mantido pela criança ? Ela deixou de comer porque não tinha fome, ou porque queria economizar ? Ela aprendeu a economizar, ou forçou uma economia para acumular um trocado extra ?

O assunto te interessa ?

Se sim – e tenho a certeza de que a sua resposta foi sim – lhe indico a leitura do livro “Mesada não é só dinheiro” de Reinaldo Domingos. Nele o tema é amplamente discutido, apresentando diversas formas de mesada que uma criança pode receber, com importantes lições em cada uma delas.

Uma leitura tranquila e agradável, obrigatória para todo e qualquer pai que se preocupa com o futuro financeiro de seus filhos.

 

Mesada não é só dinheiro

Nota do Site:
5 Moedas

Mesada não é só dinheiro
Reinaldo Domingos

Editora: DSOP
Ano: 2015
Edição: 1
Número de páginas: 150
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

 

Mas me diga … como você lida com este tema em sua casa ? Como funciona a mesada de seus filhos ?