Clube do Pai Rico
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Possibilidades Vs Probabilidades

Será que consigo sanar a dúvida (ou acabar com os sonhos …) de muitos visitantes do Clube ? Volta e meia tenho que explicar, nos mais variados casos, a diferença entre o que é possível e o que é provável. Muitos confundem, acham que é a mesma coisa, que não há diferença alguma entre elas. E você, sabe qual a diferença ? Leva isso em consideração nos seus investimentos ?

– É possível de se ganhar 5% ao mês com o investimento em ações ? É provável ?

– É possível que o mercado imobiliário continue crescendo, e se valorizando, no mesmo ritmo que temos visto ultimamente ? É provável ?

– É possível que eu fique rico fazendo somente operações com opções à seco usando uma estratégia … blá blá blá … ? É provável ?

Estes são somente alguns exemplos, e tenho certeza que com eles será possível que você entenda a diferença fundamental entre Possibilidade e Probabilidade. Isso se já não entendeu. 😉

O que é possível ?

Olha, até me provem o contrário tudo é possível. Tudo, absolutamente tudo é possível. Se ainda não foi feito é porque alguém ainda não conseguiu fazer, depois disso … deixou de ser impossível.

Me diga, será que uma pessoa que vivia no século XV acharia possível dar a volta ao mundo em apenas algumas horas, e pior, voando ? (alguns nem acreditavam que a Terra fosse redonda …) Será que no começo do século XX as pessoas imaginavam que poucos anos depois estaríamos nos comunicando de forma Global, tendo acesso a todo o conteúdo “possível”, na palma de nossas mãos ? Não, muito provável que elas considerassem que fosse impossível de se realizar tais proezas.

Era considerado impossível, mas bastou alguém fazer e pronto … mudou muitos paradigmas. Não é mesmo ?

O que é provável ?

Bom, agora eu dancei … como vou explicar o que é provável ? 🙂

Ok, provável é algo que pode acontecer, que tem determinada chance de acontecer. Certas coisas são mais prováveis que outras … Por exemplo: “Amanhã vai chover ou fazer sol ?” Eu “apostaria” em chuva, afinal hoje está chovendo agora e provavelmente continuará por mais tempo, tendo em vista o tipo de chuva, a quantidade de vento, blá blá blá …

Como tudo é possível de acontecer, o provável marca justamente as chances que algo ocorra. Consegui me fazer entender ? 😀

Voltando a fita

Voltemos aos exemplos que dei no início do texto. É possível de se ganhar 5% ao mês com ações? É. E isso é provável ? … “não”. (um não com ressalvas, afinal são muitos poucos que o conseguem isso …) É possível que o mercado imobiliário continue no ritmo doido atual ? É. E isso é provável ? … duvido … muito. A média histórica é bem menor. E ficar rico operando somente compra de opções à seco ? Até hoje não vi ninguém … é mais provável encontrar um ET na esquina do que isso vir a acontecer. 😉

Como eu disse, nada é impossível ! Nada, absolutamente nada. Mas mesmo sendo possível, pode ser muito difícil que ocorra. Sempre existem os pontos que fogem da curva, sempre existe um Ayrton Senna, um Oscar Niemeyer, um Warren Buffett, um Tiririca … sempre existe alguém ou alguma coisa que consegue fugir da normalidade, que consegue se sobressair, que consegue se destacar.

Por exemplo, é possível que alguém que esteja lendo isso se torne um Bilionário um dia ? É. É provável ? Não. As estatísticas nos mostram isso, são poucas pessoas – quanto mais brasileiros – que conseguem atingir essa barreira. Mas tenho certeza que não será por causa disso que você irá desistir do seu sonho de se tornar um Bilionário, não é mesmo ?

As estatísticas sempre estão contra nós. Quantos planetas habitados você conhece ? Quantos espermatozoides “se deram bem” e conseguiram fecundar o óvulo ?  😉

Não é porque as suas chances não são tão altas que você deixará de fazer algo, de seguir um plano. Mas sendo sabedor disso você deverá estar preparado para que o evento não aconteça. Você pode ter planejado ficar milionário somente jogando na Megasena, mas sabe que suas chances são mínimas. Se não sabe, só ficará milionário caso isso venha mesmo a ocorrer … se tem noção disso aumentou suas chances de ficar rico de outras formas.

E isso me leva a uma verdade absolutamente verdadeira: Sabendo a diferença entre o que é possível e o que é provável, suas chances de ficar rico aumentaram. E muito. De verdade. Não acredita ? Pense um pouco mais e certamente chegará nessa conclusão.

Boa sorte !!

*** Bônus !! ***

Para ajudar na compreensão, uma ótima ilustração:

Devo quitar minhas dívidas ou formar meu colchão de segurança ?

A bola foi levantada pelos amigos Rodrigo Alcimar nos comentários do excelente artigo de Silvia Soares: tendo alguma dívida, devo quitá-la ou formar meu colchão de segurança ?

Dê uma olhada nos comentários em questão:

Olá,

O texto está excelente, porém uma dúvida apareceu: Tempos atrás fiz um curso de finanças/investimentos onde uma das regras do palestrante era a de guardar os 10% do salário independente da minha situação atual, ou seja, mesmo que eu estivesse devendo cheque especial por exemplo, deveria guardar o dinheiro antes de pagar as contas, pois ele serviria mais tarde para me livrar das dívidas.

Só que sempre ficou a dúvida, se eu guardar na poupança (até se ter suficiente para outra aplicação) 10% de meu rendimento, mesmo que isto signifique ficar devendo cheque especial, no final das contas, o meu rendimento será muito menor do que os juros do cheque. Então, qual é o método mais recomendado?

Abraços e parabéns!
Rodrigo

Não concordo com a ideia de que não se poder guardar ou investir nada enquanto se está endividado, em uma fase ruim, guardei 10% de tudo que ganhava, mesmo deixando de pagar alguma conta no mês, e isso me salvou, quando tive um problema de saúde e precisei de grana, ao invés de me enrolar mais ainda com minhas dividas pude utilizar o dinheiro que estava guardado. Além do mais com dinheiro faltando você consegue diminuir gastos, porque só te resta isso.

As dividas devem ser negociadas, nunca enroladas. Acredito no pagamento das dividas o mais rápido possível, mas sem nunca esquecer de guardar pelo menos 10% para que em caso de emergência não ter que voltar com dividas que já foram pagas ficando num eterno endividamento.

Alcimar

E ai, concorda, discorda ? Ou dá corda ? 🙂

Será que ao destinar 10% para o colchão a pessoa está agindo da melhor maneira ? Está agindo de uma maneira financeiramente inteligente ou apenas criando um escudo “moral” contra problemas de grana futuros ?

Vamos às contas !

Uma pessoa ganha R$ 2.000,00 – portanto “deve” separar R$ 200,00 todos os meses. O dinheiro que é separado vai para um fundo de renda fixa que rende algo perto de 1% ao mês (sim, é um valor alto e raro, mas é um exemplo … ok ?) para formar o colchão de segurança dela. Mas de outro lado ela tem uma dívida de R$ 1.000,00 que cresce numa proporção de 10% ao mês. Vale a pena destinar os R$ 200,00 para o colchão deixando a dívida de lado ? Claro que não ! A dívida crescerá ~R$ 100/mês enquanto o colchão cresce apenas R$ 2,00. A dívida crescerá numa velocidade muito superior ao colchão …

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A Independência Financeira e o fator idade

Pesquisa rápida: você gostaria de obter sua Independência Financeira no dia de hoje ? Sim ou Não ? …

Acho que não preciso fazer uma pesquisa para ver que 100% dos leitores tenham este mesmo desejo. Concorda ? Não importa o nível escolar, classe social, tampouco a idade, TODOS gostariam de responder que sim, que gostariam de ser livres neste momento.

Lembrando que ser livre, de que ser alguém que atingiu a Independência Financeira, não impede que você permaneça fazendo exatamente a mesma coisa que faz hoje (seja estudar, trabalhar, surfar, etc). A IF é justamente isso: é atingir um patamar, um Fluxo de Caixa que lhe permita viver de seus rendimentos, não importando o quanto sua atividade “principal” lhe gere.

Lembrando que o conceito de Independência Financeira dá margem para muitas interpretações. Eu gosto da que diz que a pessoa é independente a partir do momento em que o seu Fluxo de Caixa gera o valor necessário para arcar com as despesas mensais daquela pessoa. Se costuma gastar R$2 mil, e seus ativos lhe geram R$2,5 mil … pronto, você é alguém independente financeiramente falando.

É o que Robert Kiyosaki chamava de sair da corrida dos ratos no primeiro livro da série, o Pai Rico Pai Pobre. Lembra ?

Um conceito simples e que permite a fácil compreensão do tema.

Mas hoje eu gostaria de abordar um ponto mais específico deste assunto. Algo que não me lembro de ter visto em nenhum outro lugar … Algo muito importante para ter sido deixado de lado por tanto tempo … Algo relacionado justamente com o fator tempo …

A importância da idade no processo de Independência Financeira

Você já parou para pensar nisso ? Consegue visualizar algum tipo de barreira, facilidade, ou problema, relacionado à idade da pessoa em relação ao processo de conquista da Independência Financeira ?

Em uma comparação simples, de duas pessoas, sejam elas homem ou mulher, mas com as seguintes características: 1) Jovem de 19 anos, solteira, morando com os pais; 2) Adulto de 34 anos, casada, sem filhos; qual leva algum tipo de vantagem em relação a outra ? A primeira, ou a segunda ?

Alguns apontarão uma vantagem para o segundo perfil, por serem 2 pessoas trabalhando juntas, formando um patrimônio com o “dobro da velocidade” que o primeiro … Outros dirão que é a primeira pessoa, por ser mais jovem, menos responsabilidades, mais flexibilidade em relação as escolhas que a vida nos impõe, por morar com os pais, por não ter praticamente nenhum gasto do tipo que só a vida adulta nos proporciona, que …

Bom, acho que você já sabe qual destes 2 perfis, na minha opinião, acaba levando vantagem em relação ao outro. Não é mesmo ? 😉

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Livros ||| Manual de Análise Técnica

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Você opera no “jeitão” ou segue as orientações do Clube e tem métodos e estratégias operacionais quando o assunto é investir em ações ? Qualquer que seja a sua forma de operar, o livro “Manual de Análise Técnica“, de Marcos Abe, é uma excelente opção de aprendizado. E no meu caso uma ótima opção de refinamento. 🙂

Enganam-se os que pensam que já sabem tudo sobre análise técnica. Sendo mais específico, enganam-se aqueles que acham que conhecem uma ferramenta operacional por completo. Você pode ter certeza, sempre existe um detalhe, ou uma nova interpretação para aquilo que você vem usando.

O “Manual de Análise Técnica” é sem dúvida alguma um dos mais completos sobre o assunto. Falando, entre outras coisas, sobre:

– Ferramentas Operacionais;
– Estratégias Operacionais;
– Conceitos básicos sobre a bolsa;
– Candlesticks

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O peso da inflação sobre os investimentos

Um post das antigas, direto da máquina do tempo … Só porque o dragão tem insistido em dar as caras por aí. 🙄

E das antigas, leia-se 2010 ! 😀

Muito é discutido sobre o tipo de investimento a ser feito, sobre sua rentabilidade, mas você já parou para pensar na rentabilidade real deste investimento ?

Existe uma “pequena” diferença entre a rentabilidade e a rentabilidade real, e claro, a real é menor … pois ela leva em consideração o peso da inflação no resultado. Afinal de contas não importa só que a quantidade de dinheiro cresça, é importante que o valor dele se mantenha na mesma proporção.

Por exemplo, um investimento atrelado ao DI está dando algo próximo de 9% ao ano e as metas de inflação apontam para algo próximo de 4% para 2010. Portanto o rendimento do fundo era de 9%, mas o real será de 5% – pois ele desconta a inflação no período. Entendeu ? Simples não ?

No longo prazo …

E como todo investimento, a diferença entre o real e o nominal traz um número bem diferente no longo prazo. Se apenas 1% já traz, imagina algo como 3% … 4% …

Lembra do exemplo de ontem, do investimento de $1 virando mais de $ 700 mil ? Pois então, isso é porque a inflação foi considerada. Se não fosse, o valor seria de $ 12 milhões … 😯

Viu o estrago que isso faz ? Você planejando que teria $ 12 milhões mas na verdade teria somente o equivalente a $ 700 mil – praticamente 5% do que havia sido imaginado. Pensou nas consequências deste planejamento errado ?

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