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Fui exercido em uma opção CALL que vendi, como fica o cálculo do imposto ?

Há algum tempo, recebi uma pergunta relacionada ao exercício de Opções (PUT):

Olá Zé. Tudo bem?

Será que você pode me ajudar com uma dúvida a respeito do imposto de renda em opções?

Minha dúvida é a seguinte, se eu fizer a venda de uma Put e no vencimento ela \”virar pó\” pagarei 15% de imposto (operação não day trade) sobre o valor recebido menos os custos da operação, estou certo?

Caso eu seja exercido na data de vencimento pelo valor do strike da opção como fica o calculo do imposto?

Você poderia me ajudar com esta questão?

Abraços,
Kelson

Essa dúvida foi respondida no post: “Fui exercido em uma opção PUT que vendi, como fica o cálculo do imposto ?“. 🙂

Agora, chegou a “mesma” pergunta, mas sobre um exercício de Opções do tipo CALL. Sim, a resposta é basicamente a mesma, só mudando os nomes e a ordem das coisas. Portanto, não custa nada eu responder “de novo”, mas com as substituições necessárias. Tudo para facilitar a sua compreensão. 😉

A parte referente ao pó, não muda: Se você vender uma opção, seja ela CALL ou PUT, e ela acabar virando pó (não der exercício nela), você deverá pagar 15% de IR sobre o lucro da operação: valor recebido pela venda – custos operacionais. (corretagem, emolumentos …)

O que precisa dos ajustes é a parte referente ao exercício. 🙂

Existem duas possibilidades:

#1 Você ser exercido e vender as ações da carteira

As ações vendidas via exercício das CALLs terão como valor de venda: preço de exercício da opção – custos operacionais + valor do prêmio da opção (o valor obtido com a venda das opções no início da operação)

Portanto, o prêmio recebido no lançamento da CALL deverá ser somado ao ganho obtido entre a diferença do strike e do seu valor de compra da ação. E o mais … inusitado: todo este resultado deverá entrar na sua declaração de Imposto de Renda como sendo um ganho de Opções. 🙂

Não será um ganho ação + um ganho opção … Será apenas um ganho: Opção !

E isso te leva a uma conclusão: venda de ação via exercício de opções não tem o benefício da isenção dos R$20k ! 😉

(afinal de contas, foi uma operação de Opções, e elas não entram nas contas da isenção)

#2 Você ser exercido, vender as ações via exercício e recomprá-las no mesmo dia

(um caso típico de exercício de uma venda descoberta)

Neste caso, o cálculo do ganho líquido será: valor obtido com a venda das ações via exercício + valor do prêmio da opção – preço de compra da ação.

E sim, a mesma conta é válida para o caso de você fazer a venda no mesmo dia com prejuízo. 🙂

Ah !! Não se esqueça: compra as ações exercidas no vencimento de opções CALL não é considerado daytrade.

E só lembrando: quer se aprofundar no estudo sobre o tema Opções ? Conheça o Double PUT Double CALL, meu curso sobre Opções onde apresento a estratégia que uso em meus próprios investimentos em Bolsa. 😉

Espero ter ajudado quem tinha esta dúvida. 🙂

Abraços !

Venda coberta é muito mais do que vender e ser exercido

Muita gente ao ouvir sobre as tentações da venda coberta (afinal de contas, quem não quer uma fonte de fluxo de capital “infinito” e de alta rentabilidade ?) acaba achando que o negócio é fácil, simples e sem segredos. E é ai que acaba se decepcionando …

Ela pode ser fácil, simples e sem segredos ? Pode. Isso dá a garantia de que basta vender uma opção, coberta pela carteira, embolsar o lucro e sair para o abraço ? Olha … acho que não. 🙂

A venda pura e simples, na expectativa de ser exercido (isso é, você embolsa o valor da venda da opção, entrega a sua ação e recebe o valor acordado no momento da venda da opção), pode parecer ser um ótimo negócio, ainda mais se for uma venda ATM, a mais “gorda” de todas. Mas acredite, nem tudo são flores quando se trata de opções …

Numa passada de olho rápida é “óbvio” que a venda coberta ATM, torcendo pelo exercício, com recompra das ações após exercido, é o melhor dos mundos: risco zero e lucro alto (é possível de se obter até 5% ao mês desta forma …), mas o negócio não é bem assim …

Em um estudo muito interessante, Paulo Portinho – autor do livro “O Mercado de Ações em 25 Episódios(LEIA !!!) -, fez uma simulação sobre o comportamento de uma carteira formada por PETR4 ou VALE5 (as ações que possuem maior liquidez em bolsa, portanto ideais para estratégias envolvendo opções) adotando estas premissas: venda ATM, nos primeiros momentos do exercício, por um alto prêmio, torcendo pelo exercício, para recomprar as ações, para realizar nova venda e recomeçar o processo. O resultado ? Uma bela surpresa … a estratégia que em teoria é fantástica, e líquida e certa, se mostra uma estratégia “perdedora”.

Não, a venda coberta nestas condições apresentadas não te trará prejuízo, mas pelo estudo foi possível se notar que se você tivesse mantido as ações em carteira, pura e simplesmente, teria obtido um resultado mais interessante … 😯

É … a estratégia que tanto defendo, a venda coberta, se mostrou não sendo o “sonho” que “vendo” para vocês. E acreditem, MUITOS vieram “esfregar” o estudo na minha cara, usando como defesa para atacar o que falo que faço, e que me dá lucro. Conversando com o Paulo, apontei o que acredito ser o Calcanhar de Aquiles da simulação feita por ele: o estudo não leva em consideração uma peça fundamental … o investidor. Não leva em consideração se o investidor adota alguma estratégia diferente da compra no começo, a qualquer preço, em qualquer situação, ou se ele aguarda o momento “certo” para realizar esta venda.

Pense comigo: se você lança a qualquer momento, terá uma probabilidade “x” de ser exercido. Correto ? Mas e se você fica aguardando por alguma sinalização do mercado, daquelas que tanto espero, que me apresentam chances “um pouco maiores” de estar certo ? O número de vendas exercidas é muito menor ! (e isso influencia, e muito, no resultado final)

Pois bem, saibam que a venda coberta é muito mais do que vender e ser exercido. A venda coberta exige do investidor um “pouco” de estudo, uma preparação extra para que consiga ter uma leve vantagem sobre a média do mercado. Afinal de contas, 100% de acerto não existe em lugar nenhum …

Um outro problema para quem entra no mundo do lançamento de opções, o lado psicológico da coisa. Você determina que comprará a ação, lançará a opção dela, embolsará o lucro e comprará as mesmas ações logo após exercido. Certo ? Ok … Mas você estará preparado para vender uma opção de R$20,00, quando o seu preço médio de compra é de R$25,00 ? Acredite, esse ponto, esse minúsculo ponto, impede que muitos investidores levem o plano adiante. São os investidores que enquanto conseguem vender uma opção mais cara do que o seu valor médio de compra, dizem (e fazem) que a estratégia é perfeita. Mas quando a cotação começa a cair e o preço da ação começa a se distanciar do preço da ação em carteira … acabam “deixando de lado”.

Existem muitas formas de se ganhar dinheiro com a venda coberta, até mesmo a “vender a opção, deixar ser exercido e recomprar as ações”, fiz um post onde aponto 3 dessas formas, mas são apenas algumas delas …

Acredite: para se ganhar dinheiro de verdade com a venda coberta de opções, por um longo período, obtendo uma certa vantagem em relação ao mercado – e em especial ao Buy & Hold -, é preciso dedicação e estudo. É preciso estar preparado para um ou outro “acidente de percurso” durante a longa jornada, além de possíveis ajustes de estratégia … Mas, garanto, o resultado é maravilhoso. Justifica cada gota de suor que você precisou exalar durante o processo. 😉

Estude o funcionamento do mercado de opções – o meu curso, o Double PUT Double CALL, é uma ótima alternativa ! -, dedique-se ao estudo da análise técnica – é ela que lhe trará aquela leve vantagem que falei – e mantenha-se nos trilhos. 😀

Boa sorte !

Sell in may and go away ! (v.2024)

Pronto … cá estamos nós, mais uma vez, para falar dele. Acreditado por uns, ignorado por outros, acompanhado por muitos. O nosso já tradicional acompanhamento do Sell in may and go away ! 🙂

(sugiro olhar o artigo para entender um pouco melhor o que é o evento: Sell in may and go away – sim, de 2013)

Antes, deixa eu te atualizar como está o placar: 9 quedas, 10 altas e 5 anos de estabilidade. (desde 2000)

Sim, os últimos anos não favoreceram ela … Foram anos de alta para o período em questão. 🙄

E a pergunta que não quer calar é: 2024 será mais do mesmo ? Ou veremos a estratégia funcionando ?

Bom, no começo de tudo …

… tínhamos a marcação da pontuação inicial, o ponto de partida: 125.924 pontos.

Como você pode conferir no gráfico acima, estamos em um momento em que o índice está em plena tentativa de respirar … Uma tentativa de permanecer – ao menos – dentro do caixote. O Ibovespa está brigando para se manter acima dos 126 mil pontos.

Região importante, que foi o último fundo (duplo !), perdido no início de abril, para tentar recuperar no final do mesmo mês.

O IFR esticado “ajudou” na correção do último pregão … e ainda não aliviou a ponto de ser ignorado.

126k mantém ? Ou é questão de tempo para uma nova visita à média de 200 dias ?

Já no semanal …

As coisas estão um pouco diferentes. Ibovespa mostrando o desejo de brigar pelo fundo recente, com apoio do IFR …

Digamos que o primeiro passo já possa ter sido dado. 😉

E não, não tem nada de errado vermos o diário “dizendo” uma coisa, enquanto o semanal “diz” outra. 😀

Agora, no mensal …

… não temos muitas pistas.

IFR no meio da escala não ajuda em nada …

A única coisa que temos na tela, é um padrão de reversão recente nos candles.

Mas, de novo, sem praticamente nenhuma pista.

Lembrando que o nosso ponto inicial para o acompanhamento é a região dos 126k e que no ano passado o Mercado não foi favorável para ela …

Sobre a estratégia

Mas Zé, de onde vem essa ideia de que é para vender em maio e voltar em outubro ?

Deste gráfico:

Repare como o período maio – outubro é justamente aquele que apresenta o pior desempenho histórico no SP500. (e acredite: é o SP500 quem “manda” no mundo …)

“Zé, muito legal … mas o que tu olhas nestes gráficos que podem te ajudar na análise ?”

Isso:

Os prêmios entrarão nas contas, de forma líquida ou bruta ?

Pergunta:

Oi, Zé! Estimo que esteja bem.

Lendo este post, eu fiquei na dúvida se devo considerar o valor bruto ou líquido do prêmio recebido para fins de IR no futuro.

Se a PUT não fosse exercida, sei que o valor do imposto seria calculado levando em consideração o valor líquido, mas vendo o seu exemplo, fiquei na dúvida se o mesmo também deverá ser feito em caso de exercício.

Para tornar a minha dúvida clara para todos, eu gostaria de expandir o seu exemplo: o strike da PUT é R$ 10,00, o prêmio é R$ 0,30 e a quantidade de opções vendidas é 100. A opção foi exercida. As taxas operacionais já considerando a taxa de exercício foi R$ 5,03 (R$ 0,0503 por opção).

Isto posto, teríamos que o prêmio líquido de cada opção é R$ 0,30 – R$ 0,0503 = R$ 0,2497.

Seguindo o exemplo: no futuro, a venda das ações foi realizada e, para fins de IR, eu gostaria de calcular o lucro auferido. A questão é: qual foi meu custo de aquisição destas ações: R$ 10,00 – R$ 0,30 ou R$ 10,00 – R$ 0,2497?

Muito obrigado pelo espaço e aproveito para parabenizá-lo pelo excelente trabalho que realiza há anos!

Um abraço.

Resposta:

Opa ! Tudo certo Lucas ? 😀

É que eu deixei os custos operacionais de lado para facilitar as contas e a explicação. 😉

Mas esse é um ponto importante: os custos operacionais sempre devem ser levados em consideração na formação do preço. Na compra, aumentando os custos. Na venda, diminuindo o valor recebido.

Sempre !

Portanto, no teu exemplo teríamos um custo de aquisição de R$10 – R$0,2497 = ~R$9,75

(se não houvesse o custo, terias comprado por R$9,70)

Ah ! Além dos custos diretos da negociação propriamente dita, podemos também incluir nas contas outros possíveis (e cada vez mais raros …) custos, como a taxa de manutenção.

Lembrando que os custos normalmente incidem nos “dois lados”. Tanto titulares, quanto lançadores, no momento do exercício, costumam arcar com custos operacionais – e que em algumas corretoras são diferenciados. Isso afetará o valor da compra das ações de um lado, e da venda, do outro. 😉

E só para abordar um ponto atrelado ao tema, e citado na tua questão, os prêmios dos lançamentos anteriores que viraram pó, não entrarão nas contas que formarão o preço médio final. Como tu bem disse, o IR será calculado individualmente, em cada operação bem-sucedida.

(sim, muitos são os que acham que esses prêmios obtidos devem ser somados e usados na formação do preço final)

Espero ter ajudado ! 😀

Leituras indicadas:

Devo considerar meus custos operacionais na formação do preço médio ?
A taxa de custódia pode entrar na formação do preço médio de uma ação ?
Quem paga o exercício de Opções ?
Os prêmios do lançamento coberto de Opções reduzem o meu preço médio ?

Abraços !

Agenda do exercício de Opções – séries A e M

Pessoal, chegou o dia do exercício das séries A e M. Lembrando:

– Até às 15h é possível de que ocorra o exercício MANUAL das Opções que vencem hoje;

– Até às 16h é possível negociarmos com as Opções que vencem hoje;

– O exercício via B3 ocorre após o fechamento do pregão, com base no preço do leilão de fechamento, das 18h;

– Das 19h às 19h30min ocorrerá o after-market para possíveis ajustes de posição decorrentes do exercício de Opções.

Que seja um dia tranquilo para todos. 😀

ps: e sim, você pode ser exercido naquilo que RECOMPRAR hoje para encerrar um lançamento.

(por isso sempre falo para fazer o encerramento, ou a rolagem, até o pregão anterior ao do vencimento …)

obs: a mudança anunciada recentemente pela B3 só entrará em vigor no dia 5 de fevereiro. 😉

Leituras indicadas:

– Como funciona o exercício de opções ?
– O que acontece no dia do exercício das Opções ?
– Quem exerce uma opção, exerce por qual motivo ?
– O que justificaria um exercício antecipado de Opções ?
– Quem paga o exercício de Opções ?
– Quem é que vai exercer a minha opção ?
– O que acontece se eu recomprar a Opção no dia do vencimento e for exercido ?
– “Como assim eu fico vendido e comprado na Opção ao mesmo tempo ?!