E se alguém chegasse lhe dizendo que para acertar é preciso errar ? Que para obter boas notas na escola não é preciso acertar as respostas das questões das provas, mas sim demonstrar “tentativa de acerto”, já pensou como seriam as coisas ? Meio estranhas … não ?

Fomos “adestrados” desde jovens (para não dizer desde o momento em que saímos da barriga de nossas mães) para não cometer erros. Não precisarei citar nenhum exemplo, pois tenho a certeza que você já pensou em algum “não faça xyz” dito por 11 em cada 10 pais. 😀

Mas … a frase “é errando que se aprende” não é dita em alto e bom som por muita gente ? Não dizem que o aprendizado obtido em um erro é melhor, e mais importante, do que um curso, um livro, um curso universitário ? Mas como teremos acesso a este aprendizado se não podemos nem tentar errar ? Afinal … não podemos errar. Ou podemos ? Não, não podemos. Ou podemos ?

Claro que podemos ! Erros acontecem a torto e à direito em todas as situações que nos cercam e formam nossas vidas. No lado pessoal, profissional, educacional, etc.

Acontecem e devem ser … incentivados ! Sim, essa é a proposta do livro “Erros incríveis” (Campus/Elsevier, 2012), onde exemplos de erros simples e mais complexos levaram a grandes descobertas e ao aumento do lucro de algumas empresas em determinados casos.

O problema é …

Qual é o maior problema em relação a um erro ser “certo ou errado” ? É o fator tempo …

Só saberemos se o erro deu certo ou não depois de ele ter ocorrido. Às vezes o tempo é curto, às vezes não. Podemos ter a resposta em alguns dias, mas também pode levar algumas décadas … então como saber se o erro deve ser cometido ou não ?

Que tal … “antevendo o efeito” dele ? Sim, não é algo fácil, pois algo simples pode ter consequências desastrosas, o conceito do efeito borboleta é a prova disso. (o mexer de asas de uma borboleta na floresta amazônica pode causar um tufão no Japão)

Mas existem ferramentas que podem nos ajudar a detectar as possíveis consequências do erro proposto. Um exemplo do nosso dia-a-dia ? A bolsa de valores …

Já pensou se todos que iniciam uma operação entrassem achando que não existe a menor possibilidade de aquela “aposta” dar errado ? Não … entramos já sabendo “que vai dar errado”, se der certo, melhor. 🙂

Entramos limitando o tamanho do possível erro, seja através da adoção de um stop, ou usando o gerenciamento de capital, ou então usando alguma ferramenta que dê hedge à operação. Entramos sabendo que pode dar errado, que tem “50% de chances que isso ocorra”. Limitar o estrago que esse erro poderia gerar é que nos permite continuar no mercado. Cada erro encontrado em nossas operações traz uma nova informação, que provavelmente melhorará nossos sistemas operacionais para os próximos trades. Lidar com o erro é fundamental neste mercado.

(Será que foi essa a ótica que adotei na leitura ? Será ? Será ?? Será que li pensando nisso ? hehehe ;))

Uma boa leitura ! Recomendo ! 🙂

Nota do Site:

Erros incríveis Paulo J.H. Schoemaker Editora: Campus Ano: 2012 Edição: 1 Número de páginas: 176 Acabamento: Brochura Formato: Médio

Olha … poucos foram os livros que me surpreenderam tanto quanto este. Não, não é porque eu achava que o livro não seria bom (conheço a qualidade do material produzido pelo autor, através de seu site Finanças Inteligentes), mas sim por ele ter começado do jeito que começou: mostrando o lado “ruim” dos mercados. Não é o tipo de coisa com a qual estejamos acostumados.

A grande maioria dos livros que falam sobre bolsa abordam, normalmente, somente o lado “bom” da coisa. Apontam os lucros fabulosos acumulados durantes os anos, falam sobre os grandes boom dos mercados, como eles vencem no longo prazo, etc etc etc … Mas o “Muito prazer, Sr Mercado” é diferente: ele começou falando sobre os fatos que acabaram se transformando em uma das maiores bolhas do mercado financeiro que a maioria de nós viveu. Não, não me refiro à de 2008 … mas sim à das .com

Quem viveu, e viu as ações subindo quase 100% ao dia (quando não subiam mais do que isso …), sabe que aquilo foi uma bolha gigante. E quem pode aproveitar o momento para adquirir aprendizado, aprendeu mais do que muitos profissionais aprenderam em décadas de mercado. (talvez este seja um dos motivos – acredito que um dos principais … – que me tornaram mais bear do que bull)

Mostrar o lado ruim da coisa, o lado real dela, falar que nem tudo é a maravilha que vendem, isso é fundamental se você quer aprender sobre algo, e neste ponto o Robson acertou na mosca. 🙂

Outro ponto que destaco é o lado operacional da coisa. Ele apresenta quais pontos olha na hora de operar, tanto os fundamentalistas quanto os gráficos, e pelo o que pude sentir, usamos muita coisa parecida. 😉

Achei que é um ótimo material para auxiliar aqueles que pretendem operar com ações, sejam iniciantes ou que desejem “se reciclar”. (termo mais do que batido, mas que na maioria das vezes serve feito uma luva)

Ao apresentar os pontos que costuma usar em suas análises, faz um detalhamento de cada um. IFR, candlesticks, retas de suporte, de resistência, de tendência, linhas bollinger … portanto você pode aprender a fazer o que ele faz, e não somente “olhar ele fazendo”. Mais uma vez, ponto importante para quem deseja aprender.

Resumo da ópera: um livro super agradável, de leitura tranquila e empolgante (especialmente a parte onde fala sobre as verdades do mercado), que mais do que recomendo a leitura. 😀

Nota do Site:

Antes de mais nada: uma salva de palmas para os que conseguem operar no mercado de ações usando técnicas fundamentalistas – ao estilo do Valuation – e conseguem obter sucesso em suas operações. Outra salva de palmas, ainda mais forte, para os que conseguem obter sucesso acertando exatamente os valores encontrados em seus estudos/análises. 😯

Juro que não consigo entender como alguém que faça uso deste tipo de técnica consegue “arrumar briga” com quem usa técnicas grafista para operar, alegando que é puro “achismo”. Por quê ? Porque até onde consegui ver (e olha que li este livro com muito cuidado, muita atenção, levou meses !) uma grande parte do “poder” de acerto do analista que usa o valuation está no fato de conseguir acertar suas projeções para a empresa. Seja em relação ao crescimento dela, de seu faturamento, da taxa de juros, da inflação, do crescimento da economia, etc etc etc … São tantos itens que entram nas contas, tantas possibilidades de influência no resultado, que uma projeção “errada” leva o resultado numa direção completamente diferente.

Por exemplo: você tem ideia de quanto a empresa vai crescer nos próximos 5 anos ? Não, não me refiro a quanto ela pode crescer, mas sim a quanto vai crescer … pois esse dado – futuro – é usado nos cálculos.

Sério … (e você sabe que eu não falaria algo do gênero se não fosse a minha real conclusão), fazer uso somente desta ferramenta, é um tiro completamente no escuro. É “mirar” numa direção e rezar para acertar. E acredite … muitos defendem justamente isso.

Não, não quero arrumar briga com o pessoal da escola fundamentalista. Até mesmo porque sempre defendo o uso das duas ferramentas (fundamentos e gráficos) para operar com mais segurança. Usamos as técnicas fundamentalistas para escolher o que operar e como operar. Usamos as técnicas grafistas para escolher quando operar. É uma ajudando a outra, e não uma brigando com a outra … 😉

Tá, mas o que você achou do livro ?

Gostei. 🙂

Primeiro porque finalmente consegui entender de onde vem aqueles “números” que vejo em alguns relatórios das corretoras – e que até agora eram puro grego para mim -, por mais que não consiga me ver fazendo uso delas. 😉

Segundo porque os dois últimos capítulos do livro (são 11), correspondentes a 25% do conteúdo dele, apresentaram discussões tão importantes, tão interessantes que eu compraria um livro que tivesse somente estas páginas se fosse preciso. Dois itens me fizeram prestar ainda mais atenção na leitura: um que fala sobre a influência da inflação nas ações (mais atual impossível !) e outra onde o tema “governança corporativa” era esmiuçado e refletido, falando sobre cada um dos níveis das ações (nível 1, nível 2, novo mercado …) e suas “vantagens e desvantagens” para as empresas/ações.

Outro ponto bem interessante foi a apresentação de teorias do mercado de opções para o uso de precificação de empresas. Além de explicar os motivos, e influências, de diversos fatores (tempo, taxa de juros, valor da ação, etc) no valor das opções. Para quem ainda tem dúvidas sobre esse tema, este capítulo certamente será um prato cheio ! 😀

Não gostei muito de ver o primeiro capítulo sendo destinado à “eterna briga” entre fundamentalistas e grafistas, ainda mais depois de constatar que a principal ferramenta usada e explicada no livro, por muitas vezes, é mais “visionária” que os gráficos.

Mas … foi uma leitura que valeu muito a pena. 🙂

Nota do Site:

Valuation Alexandre Póvoa Editora: Campus Ano: 2012 Edição: 1 Número de páginas: 480 Acabamento: Brochura Formato: Médio

Se você é daquele tipo de pessoa que quer realmente mudar sua atual situação, que sabe que para que isso aconteça é preciso passar a enxergar as coisas de uma forma “diferente”, fica a dica de um ótimo livro que está por um ótimo preço: A cauda longa, de Chris Anderson.

O livro já foi comentado e indicado inúmeras vezes aqui no Clube, mas até onde eu me lembro, nunca por um preço tão “interessante”. 😉

Para você ter uma ideia … o preço original dele é de R$74,00, mas na promoção está sendo vendido por apenas R$29,90 !! “Somente” 60% de desconto !!

Sério, a leitura deste livro abrirá sua mente para uma nova realidade, a nossa realidade. (e não aquela que muita gente continua acreditando ser a sua realidade)

Não marque bobeira ! Garanta agora mesmo o seu exemplar … vai saber até quando manterão este preço … 🙂

Aproveite e dê uma olhada na “continuação”: Free – Grátis: O futuro dos preços (livro também já comentado e indicado aqui), que também está saindo por R$29,90.

Pessoal, hora de interagir aqui com os amigos do Clube. 🙂

Uma das coisas que sempre incentivo é a leitura. Não importa que livro seja lido, mas que alguma leitura deva ser feita, constantemente. Se for sobre algum assunto que envolva finanças, ou que possa trazer alguma melhoria em sua vida então, magavilha !

Mas … como o tempo anda curto … Como tudo acaba ficando para amanhã (você é um procrastinador?) … sei que a coisa não é exatamente como deveria ser. Às vezes é muito pior do que isso … mas … fazer o quê ?

Gostaria de “ouvir” de vocês como anda o seu ritmo de leitura, gostaria de saber como foi o seu desempenho em 2012. Quantos livros leu, quais mais gostou, porquê, adotou alguma estratégia para turbinar o resultado, etc etc etc …

Quero ver a participação de todos ! 😀

Para começar …

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Ler é uma das melhores formas de se aprender sobre algo que não se conhece, ou para melhorar, aprofundar o seu conhecimento sobre o que gosta/faz. Melhor, o tempo investido em uma leitura acaba trazendo benefícios que não eram nem imaginados antes dela começar. Ou vai dizer que isso nunca aconteceu com você ? Vai dizer que nunca leu um livro e depois de ler determinada frase pensou “caramba … como é que eu não pensei/não vi isso antes ?!”

A maioria se queixa da falta de tempo … mas garanto que para dar aquela espiadinha todos conseguem. Não ? 🙁

Quer ver ? Muitos de vocês, porque não dizer a maioria, chegou aqui após a leitura de um livro, do Pai Rico Pai Pobre … não é mesmo ? 😉

Vamos lá, mãos à obra !! 😀