Clube do Pai Rico

Livros ||| Vending Machines

Há alguns anos falei aqui no Clube sobre uma oportunidade de criação de ativo, adotando um modelo simples e ferramentas disponíveis no mercado. O negócio em questão era o de vending machines. Quem nunca parou para pensar: “Caramba … isso deve dar um dinheiro legal ! As máquinas operam sozinhas, não é preciso ninguém para vender os produtos, o lucro deve ser muito bom !”

Na época fiz alguns posts sobre o assunto (você pode vê-los aqui) e assim como eu, muitos se animaram com a possibilidade de criar um ativo simples que pudesse lhes gerar um bom rendimento. Acabei deixando a oportunidade passar … Até o momento as informações eram raras e os produtos (especialmente as máquinas) difíceis de serem encontradas. Mas nem todos deixaram a ideia passar desapercebida.

Um deles foi o Antonio que se empolgou com a ideia e a possibilidade de criar uma rede de maquininhas que se “cuidam sozinhas”. E não é que o negócio deu certo ? Lembra que não havia informação disponível ? Ele foi atrás ! Lembra que os equipamentos e produtos era difíceis de se encontrar ? Ele descobriu como e onde comprá-los. Mas o mais legal de tudo foi ver que ele decidiu compartilhar o conhecimento adquirido com outros interessados através de um livro. 😀

Sério ! O Antonio criou um negócio rentável (segundo ele o negócio pode render em média 5% ao mês), simples de ser gerenciado e administrado, e resolveu compartilhar todo o conhecimento que adquiriu durante a sua empreitada (os erros e acertos) com quem mais estiver interessado.

Um manual completo

O livro, com 75 páginas, me pareceu bem completo, um verdadeiro manual de como começar seu negócio com as vending machines, como fazer o negócio crescer, quais máquinas comprar, quais os produtos devem ser oferecidos, como negociar o ponto de venda, como pagar por este espaço, tudo nos mínimos detalhes.

Sabe aquele tipo de dica e orientação que somente quem usou o negócio pode dar ? Coisa do tipo “não use tal ferramenta, pois ela apresenta tais e tais problemas com o decorrer do tempo, etc etc etc” ? Pois bem … é o tipo de coisa que está presente neste livro. 🙂

Confesso que fiquei bem entusiasmado com o que li, a ponto de pensar seriamente em reviver aquele plano de montar uma rede de máquinas para trabalharem para mim. 😉

Claro, longe de ser um negócio que proporcione dinheiro fácil, mas ele mostrou que é um negócio simples, que ocupa pouco tempo do proprietário (recolher o dinheiro, reabastecer as máquinas, negociar novos pontos de venda, etc) e que oferece um alta retorno.

Indico a leitura ! Se você estiver em dúvida, se deve comprar o livro, ou não, saiba que o autor garante seu dinheiro de volta caso não fique satisfeito com o produto. 😀

Você se surpreenderá e certamente voltará aqui, dentro de pouco tempo, dizendo que também começou seu próprio negócio de maquininhas. 😉


Nota do Site:
5 Moedas

Livros ||| Operando opções

A busca por conhecimento é um processo sem fim. Quanto mais sabemos, mais vemos que ainda falta muito para “chegar lá”. Pode parecer clichê, mas somente com o tempo vamos chegando à essa conclusão. Somente com o tempo … e o aprendizado constante.

Portanto, mais um livro lido, mais um sobre opções. Se me dedico tanto a elas, se elas me retribuem tão bem, por que não tentar conhece-las ainda melhor ? 😉

Desta vez li um dos vários livros do Bastter – considerado por muitos como um dos maiores conhecedores do tema aqui no Brasil. Escolhi um que também falasse sobre o básico, mas que tivesse um algo a mais, sabe ? E nesse aspecto ele se saiu muito bem. “Operando opções” (Elsevier, 2010) abrange praticamente todo o espectro de conhecimento (na maior parte do tempo teórico) sobre o tema.

O básico (o que são, qual sua função, etc), os fatores que influenciam o preço das opções, como o preço é “determinado” com o modelo de Black & Scholes, as gregas, a volatilidade, alguns indicadores que usa para saber se deve ou não operar determinada opção; enfim, são muitos os pontos abordados nas primeiras páginas do livro. Aparentemente toda a parte introdutória, e essencial para quem deseja operar opções, está presente.

As operações

São muitas as possibilidades que o “universo” das opções nos proporciona. Você poderá simplesmente comprar ou as vender. Pode montar estratégias que possuem proteção (limite) contra perdas. Pode montar estratégias que tenham como aliado o tempo, ou se preferir outras que usam a volatilidade do mercado para lhe trazer ganho.

Sério, somente quando você começa a se aventurar pelo “universo” das opções é que percebe quão grandioso ele é. Quantas (e bota quantas nisso …) possibilidades de operações e estratégias são possíveis com o uso delas.

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Livros ||| Fique rico operando opções

Não é segredo para ninguém a importância que o uso das opções tem em minha estratégia de investimento. Elas têm sido peça fundamental do plano e são grandes responsáveis por ter conquistado o que já conquistei. 🙂

Portanto, nada mais natural do que estar em busca constante de novas informações, novas literaturas sobre o assunto. Muitas vezes pode parecer repetitivo (pois a maioria dos livros gosta de repetir, ao menos em sua introdução, os conceitos básicos das opções), mas a meu ver isso é algo importante, afinal o autor não tem como imaginar qual a familiaridade do leitor com um universo tão complexo – e controverso – como o das opções. Imagine … se para grande parcela da população brasileira o investimento em ações já é novidade, o que se esperar de algo tão específico como opções ?

No caso do livro “Fique rico operando opções(Elsevier, 2008) já iniciei a leitura com uma tendência de que encontraria formas de operar, tipos de operações, algo mais ligado ao dia a dia do investimento propriamente dito, do que um livro mais voltado aos conceitos, à parte mais básica do assunto. Afinal o título fala sobre operar … o subtítulo fala “estratégias vencedoras dos traders profissionais”, e olha … sinceramente ? Não me decepcionei. 😀

O livro é (muito bem, diga-se de passagem) dividido em duas partes: uma introdutória e outra voltada às estratégias.

Parte I – Fundamentos

Como era de se esperar, encontramos uma boa explicação sobre o que são opções, para que servem, quando devem ser utilizadas, etc. Apresenta ao leitor o conceito de ITM – ATM – OTM – leia esse post se ainda não é familiarizado com os termos -, fala sobre um dos conceitos mais importantes (e descartado por muitos autores …) das opções, mostrando que existem as opções de compra (CALL) e as de venda (PUT). Acredite … muitos autores simplesmente pulam as puts ! Ignoram sua existência, alegando não haver mercado para elas no mercado nacional … Fala sobre volatilidade, e sua influência nas opções, compara-as com as ações.

E por fim, sendo o ponto mais importante de todos, mostra para o leitor porquê as opções devem ser vendidas. Sim, há possibilidade de lucro na ponto compradora, mas que elas foram feitas para vender – e trazem os frutos para que o faz – foram … 😉

Essa parte mais básica, onde apresenta os fundamentos, é escrita de forma mais prática e objetiva, sabe ? Parecendo dar mais importância ao que realmente vai importar pra quem for operar, na hora que estiver operando. Poderia se alongar por dezenas de páginas … (e olha que são 50 só para os fundamentos !), mas prefere falar tudo de forma mais direta, indo direto ao ponto.

Parte II – Estratégias

Aqui é onde a “festa” começa ! 🙂

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Livros ||| Foco no cliente certo

O cliente tem sempre a razão !” Quem nunca ouviu este chavão ? Não importa qual seja a área de atuação, ou o tamanho da empresa, muitas adotam este mantra sem nem ao menos cogitar a possibilidade que nem todos são iguais, nem todos merecem (e exigem) esse tipo de atitude.

Mas existem os casos extremos, onde parte da população, empunhando o certificado de dono da razão, pinta e borda com as empresas que lhe estão prestando serviço. Um exemplo ? Apresentado no livro em questão, um cidadão invade a loja, com quatro pneus “em mãos”, exigindo sua troca. Alegava que o produto havia se desgastado pelo uso (?!???!!!) e queria trocá-los. O problema ? A loja em questão era uma da rede Nordstrom, popular no hemisfério norte, que vende roupas e acessórios de moda. 😯

Acredite …

A rede tem como padrão o melhor atendimento possível ao cliente, tanto no tratamento quando na solução de problemas. Mas dai já é querer um pouco demais, não ? O detalhe … a loja – mesmo não tendo envolvimento algum com o produto – atendeu o cliente. Lenda ? Não se sabe … o exemplo volta e meia é usado para ilustrar como deve ser uma administração com foco no cliente.

Aqui cabe uma observação: existem exemplos de empresas administradas com foco no cliente e no produto. (a coca-cola por exemplo) Uma tenta criar/ter o melhor produto do mercado, vencendo seus concorrentes com base nisso. Na outra situação o diferencial da empresa está no atendimento, na forma com que trata – e o que oferece – o cliente.

O problema é que muitas empresas que acreditam adotar o foco no cliente, nada mais estão fazendo do que repetir a ladainha de sempre “o cliente tem sempre a razão“. Não enxergam que muitas vezes estão apenas criando monstros que sugam todas as energias (e possivelmente grande parte do resultado operacional) da empresa. São os clientes que exigem mundos e fundos, que choram até o último centavo, e que muitas vezes acaba nem ao menos concretizando o negócio …

Existe uma grande diferença entre tratar bem o cliente – item básico para qualquer empresa que deseje vender seu produto/serviço – dos que os bajulam, beirando ao exagero, sem obter o retorno “justo” por isso.

O foco no cliente é o ideal para todas as empresas ?

Não, ponto final. Existem as que precisam (e devem) manter o foco no produto, o cliente final “não é importante” para elas. Mas para muitos casos o foco no cliente traria grandes benefícios a elas.

Por exemplo, uma empresa que oferece o serviço de cirurgia laser para correção oftalmológica e um oftalmologista. A empresa que faz cirurgias precisa ter os melhores produtos, oferecer o melhor ao cliente, mas “atender – muito – bem o cliente” não é sua prioridade. Já o oftalmologista …

O foco no cliente é algo (muito) importante, e que na maioria das vezes é encarado (e levado) da forma errada. Existem determinadas ferramentas que podem auxiliar a empresa na hora de oferecer o que o cliente quer, como quer, quando quer, o que realmente mostraria uma empresa focando no cliente. Mas …

E o livro ?

Leitura fácil e agradável, que (obviamente) vai muito além do que apresentei aqui. 🙂

Sugiro e indico a leitura a todos que desejam adotar esta estratégia em seus negócios. 😉

Foco no cliente certo

Nota do Site:
4 Moedas

Foco no cliente certo
Peter S. Fader

Editora: Elsevier
Ano: 2012
Edição: 1
Número de páginas: 152
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

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Livros ||| A arte de imitar

Existe um consenso de que a cópia é errada, que não devemos nos apropriar da criação alheia em benefício próprio, que devemos respeitar a propriedade intelectual do concorrente (atual ou futuro), que devemos pensar individualmente e criarmos nossos produtos e serviços a partir do nada, do zero. Mas … será isso possível ?

Sim, concordo plenamente que os direitos individuais (pessoais e empresariais) devam ser plenamente respeitados, mas … será que esta é a natureza do ser humano ? Pense por um instante, pense em como seriam nossas vidas, se os homens das cavernas tivessem pensado “não, mim não poder usar pedra na ponta desta vareta para caçar, afinal a tribo vizinha já desenvolveu o conceito e agora só me resta desenvolver algo completamente diferente … Quanto tempo leva para inventarem a pólvora ?” Ou então … se após inventarem a roda não tivessem adotado a criação para construir a biga, e depois a carroça, e depois o automóvel ?

Para e pense no mundo que nos cerca e veja tudo com um olhar mais analítico. O que conseguiu ver ? Sim … a grande maioria das coisas que hoje nos trazem conforto e prazer foram criadas a partir de algo que já existia. Foram melhoradas e aperfeiçoadas, mas em suma são “cópias” de algo que já existia.

O padrão “cópia” está em tudo e em todos

Em “A arte de imitar” (Elsevier, 2011) o autor, David Kord Murray, tenta nos mostrar o quão importante é o uso da cópia para o crescimento e desenvolvimento da raça humana. Como ideias, aparentemente, desconexas, nos proporcionaram teorias e tecnologias que tornam possível o nosso modo de vida.

Sim, desde a observação do comportamento natural das coisas (não, não vou usar o clássico exemplo do velcro, onde o criador viu como pequenas plantas grudavam em suas calças para depois criar o produto), até mesmo a partir da observação de áreas diferentes – como por exemplo Darwin demonstrar interesse sobre geologia criando analogias, para depois de muitas observações criar a Teoria da Evolução das Espécies. Existe ligação entre a transformação do planeta e a evolução apresentada pelo seres vivos ?

O autor alega que até a época da Renascença era comum a prática da cópia. Tudo era compartilhado, todo o conhecimento humano era dividido por todos e de livre acesso e uso. Mas a partir do momento em que começaram a surgir as obras assinadas, onde o valor de muitos itens dependiam mais da marca do que do produto em si (uma obra de arte de um grande mestre, por exemplo), surgiu a “necessidade” da criação do direito da propriedade intelectual. A partir disso tudo passou a ser “fiscalizado” e o uso de tecnologias já existentes, para a criação de novos itens, passou a ser considerado cópia.

Obs: hoje enfrentamos um grave problema em relação ao assunto propriedade intelectual, a ponto de vermos o Google tentando registrar o “coraçãozinho com as mãos” como sendo de sua propriedade … 😯

O ser humano se desenvolve desta forma: olhando o que existe ao seu redor, sempre tentando melhorar o que vê, é da nossa natureza. Este é um dos motivos que me leva a ler tanto sobre tantos assuntos “diferentes” (já falei sobre este assunto em outras oportunidades). Conceitos adotados em certas áreas podem ter utilidade em problemas que tenho em assuntos completamente diferentes e sem ligação.

Mas como criar, desenvolver, inventar, se diferenciar, adotando esta prática nos dias de hoje ?

Se você faz uso da criação ou o desenvolvimento faz parte do seu dia a dia, a leitura deste livro é muito bem-vinda e certamente trará belos frutos. Leitura agradável e tranquila, recheada de exemplos da história humana, para mostrar que além de criativos imitamos uns aos outros desde sempre. 🙂

A arte de imitar
Nota do Site:
5 Moedas
A arte de imitar
David Kord Murray

Editora: Elsevier
Ano: 2011
Edição: 1
Número de páginas: 264
Acabamento: Brochura
Formato: Médio